Para fugir da pressão sobre os/deputados/as da base de apoio dos golpistas, o temeroso presidente retirou os/as servidores/as estaduais e municipais que têm regime próprio do projeto da Reforma da Previdência, conforme anúncio feito ontem (21).
Há quem esteja comemorando, mas não há motivo para isso. O recuo é estratégico e, conforme disse o próprio presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), "vai facilitar muito a aprovação porque vai retirar 70% da pressão que estava sendo recebida".
O objetivo é que deputados/as e senadores/as votem a favor da PEC sem sofrer pressão das suas bases eleitorais nos estados e municípios.
De acordo com o anúncio de ontem, as decisões sobre os/as servidores/as estaduais e municipais com regime próprio deverão ser tomadas localmente, depois da aprovação nacional. Ficam na PEC 287 os servidores federais, o setor que está no regime geral (setor privado e servidores/as municipais que não têm regime próprio) e trabalhadores/as rurais.
No RN, 30 municípios, inlcuindo Natal, têm regime próprio de Previdência Social, de acordo com dados do INSS.
O que o governo federal pretende significa dividir para impor. Mais do que nunca, é preciso continuar a pressão contra a Reforma, até porque o que for decidido nacionalmente vai ser seguido, depois, nos Estados e Municípios.
Essa foi apenas uma manobra para fazer frente às grandes mobilizações que têm sido lideradas pelos trabalhadores/as brasileiros/as, como a do dia 15 de março, no que considero o momento de maior união das categorias.
Sigamos na luta.
Mineiro
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