terça-feira, 8 de setembro de 2009

Lula pede ao povo brasileiro que entre de corpo e alma no debate do petróleo


Lula pede ao povo brasileiro que entre de corpo e alma no debate do petróleo

O presidente Luíz Inácio Lula da Silva pediu, durante o pronunciamento em rede nacional de rádio e TV no domingo (6) que a população acompanhe de perto as discussões sobre os projetos de lei que garantem ao Brasil as riquezas do petróleo encontrado na camada de pré-sal. Os projetos precisam ser aprovados no Congresso.

"Peço a cada um de vocês que acompanhe passo a passo as discussões destas leis no Congresso. Que se informe, reflita, e entre de corpo e alma nesse debate tão importante para os destinos do Brasil e para o futuro de nossos filhos e netos”, afirmou.

"Uma democracia só se fortalece com a participação da sociedade. Por isso se mobilize, converse com seus amigos, escreva para seu deputado, seu senador, pra que eles apoiem o que é melhor para o Brasil", disse.

Lula, que chamou a descoberta do petróleo de nova independência, disse que conta com “o apoio livre e soberano do Legislativo” na construção do “novo Brasil”.

De acordo com o presidente, a proposta “garante que a maior parte da riqueza do pré-sal fique nas mãos dos brasileiros” e “impede que qualquer governante gaste de forma irresponsável estes recursos.”Segundo ele, o modelo de concessão que foi adotado em 1997 não se adaptava à nova situação e que seria um erro “grave” usá-lo para o pré-sal. O presidente disse que a nova legislação obriga o investimento do dinheiro resultante do petróleo "em educação, ciência e tecnologia, cultura, defesa do meio-ambiente e combate à pobreza."

Durante o discurso, Lula também elogiou a Petrobras pela descoberta das reservas. “A Petrobras de hoje é a cara deste novo Brasil. É a oitava maior empresa do mundo. Não existe nenhuma empresa, na Europa, do tamanho dela”, afirmou.

O presidente também falou sobre como a crise internacional afetou o Brasil. “Temos uma economia organizada e em crescimento, que foi testada na mais grave crise internacional desde 29 e saiu-se muito bem. Não só não quebramos como fomos um dos últimos países a entrar na crise e estamos sendo um dos primeiros a sair dela. Antes, éramos alvo de chacotas e de imposições. Hoje, nossa voz é ouvida lá fora com atenção e respeito”, disse.

Leia a íntegra do pronunciamento

"Queridas Brasileiras e Queridos Brasileiros,

É comum que o 7 de setembro sirva para a gente enaltecer o passado e pensar o presente. Desta vez é diferente: este é o 7 de setembro do Brasil festejar o futuro. De celebrar uma nova independência.

Esta nova independência tem nome, forma e conteúdo. Seu nome é pré-sal; seu conteúdo são as gigantescas jazidas de petróleo e gás descobertas nas profundezas do nosso mar; sua forma é o conjunto de projetos de lei que enviamos, há poucos dias, ao Congresso Nacional. E que vai garantir que esta riqueza seja corretamente utilizada para o bem do Brasil e de todos os brasileiros.
Peço a cada um de vocês que acompanhe passo a passo as discussões destas leis no Congresso. Que se informe, reflita, e entre de corpo e alma nesse debate tão importante para os destinos do Brasil e para o futuro de nossos filhos e netos.
Posso resumir em duas frases a proposta do governo: de um lado, ela garante que a maior parte da riqueza do pré-sal fique nas mãos dos brasileiros; de outro, ela impede que qualquer governante gaste de forma irresponsável estes recursos. E mais: obriga que este dinheiro seja aplicado em educação, ciência e tecnologia, cultura, defesa do meio-ambiente e combate à pobreza.

Minhas amigas e meus amigos,

O pré-sal é uma das maiores descobertas de todos os tempos. Ainda não se pode dizer, com exatidão, quantos bilhões de barris de petróleo existem nele. Mas já se pode garantir, com toda segurança, que ele colocará o Brasil entre os países com maiores reservas de petróleo e gás do mundo.

Elas se espalham por uma área de 149 mil quilômetros quadrados, que começa no litoral do Espírito Santo e termina no de Santa Catarina. É uma área do tamanho do estado do Ceará.

As jazidas ficam debaixo de uma lâmina de água e de camada de sal, que, em alguns pontos, correspondem a dez morros do corcovado empilhados.

Minhas amigas e meus amigos,

O que deve fazer um povo livre, responsável e soberano ao receber tamanha dádiva de deus? Garantir que esta riqueza não escape de suas mãos, buscar os meios mais eficientes de explorá-la e modernizar suas leis para não repetir os erros de outros países.

A história tem mostrado que a riqueza do petróleo é uma faca de dois gumes. Quando bem explorada, traz progresso para o povo. Quando mal explorada, ela traz conflitos, desperdícios, agressão ao meio-ambiente, desorganização da economia e privilégios para uns poucos. Assim, alguns países pobres, ricos em petróleo, não conseguiram jamais sair da miséria.


Por isso, dei orientações bem claras aos ministros. Primeira: o petróleo e o gás pertencem ao povo brasileiro. Como no pré-sal, os possíveis sócios terão poucos riscos, eles não podem ficar com a parte da renda. Ela tem que ser do povo. Segunda orientação: o Brasil não pode ser um mero exportador de óleo cru. Vamos agregar valor aqui dentro, exportando derivados, como gasolina, diesel e produtos petroquímicos, que valem muito mais. Vamos construir uma poderosa indústria de equipamentos e serviços e gerar milhares e milhares de empregos brasileiros. Terceira orientação: não vamos nos deslumbrar e sair por aí, como novos ricos, torrando dinheiro em bobagens. O pré-sal é um passaporte para o futuro. Vamos investir seus recursos naquilo que temos de mais precioso e promissor: nossos filhos, nossos netos, nosso futuro.

Minhas amigas e meus amigos,

Os ministros seguiram estas diretrizes e honraram o compromisso com o povo brasileiro. A principal mudança que estamos propondo é que, nas áreas ainda não exploradas do pré-sal, passe a vigorar o modelo de partilha. Quase todos os países que têm grandes reservas e baixo risco de exploração adotam este sistema. Ele garante que o estado e o povo continuem donos da maior parte do óleo e do gás mesmo depois de sua extração.

Estamos propondo, também, que a Petrobras seja a operadora de toda área. Ou seja, exerça atividades de exploração e produção, com uma participação mínima de 30% em todos os blocos.

Não podia ser diferente. Afinal, temos dentro de casa uma das maiores, melhores e mais respeitadas empresas de petróleo do mundo. Assim saberemos tudo sobre as reservas, aperfeiçoaremos nossa tecnologia e faremos da Petrobras uma empresa ainda mais forte.

Este trabalho será complementado pela Petro-sal, uma nova empresa estatal, enxuta e altamente qualificada, que vai gerir os contratos de partilha e os de comercialização. Ela não vai concorrer com a Petrobras. Sua função é outra - a de ser o olho do povo na fiscalização de toda operação.

Minhas amigas e meus amigos,

Hoje o Brasil tem todas as condições políticas, econômicas e tecnológicas para enfrentar este desafio. A economia do Brasil vive um novo momento. De 2003 a 2008, crescemos em média, 4,1% ao ano. Nos últimos dois anos, mais que 5%. O país gerou cerca de onze milhões de empregos com carteira assinada. O desemprego caiu fortemente, de 11,7% em 2003, para 8% hoje. As taxas de juros são as menores das últimas décadas.

Não só pagamos a dívida externa, como acumulamos reservas de 215 bilhões de dólares. E mais: reduzimos a miséria e as desigualdades. Mais de 30 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza. E destes, 20 milhões ingressaram na nova classe média, fortalecendo o mercado interno e dando vigoroso impulso à nossa economia.

O fato é que hoje temos uma economia organizada e em crescimento, que foi testada na mais grave crise internacional desde 29 e saiu-se muito bem. Não só não quebramos, como fomos um dos últimos países a entrar na crise e estamos sendo um dos primeiros a sair dela. Antes, éramos alvo de chacotas e de imposições. Hoje, nossa voz é ouvida lá fora com atenção e respeito.

A Petrobras de hoje é a cara deste novo Brasil. É a oitava maior empresa do mundo. Não existe nenhuma empresa, na Europa, do tamanho dela. Nas Américas, fica atrás apenas de três gigantes norte-americanas. E é a segunda empresa em lucratividade. E, entre as petroleiras, a segunda em valor de mercado no mundo.

A Petrobras chegou aí, entre outros motivos, porque este governo acreditou e investiu, dando condições para que ela aumentasse a produção, encomendasse plataformas, sondas, modernizasse e ampliasse refinarias, treinasse e contratasse funcionários. Além de construir uma grande infra-estrutura de gás natural e entrar na área de biocombustíveis.

O coroamento deste esforço foi exatamente a descoberta, pela própria Petrobras, das reservas do pré-sal. Um feito extraordinário, que encheu de admiração o mundo e de orgulho os brasileiros.

Minhas amigas e meus amigos,

Este é um governo que acredita no Brasil e no que ele tem de mais rico: o seu povo.

É por isso que propomos que os recursos do pré-sal sejam colocados em um fundo social, controlado pela sociedade, e que será aplicado, majoritariamente, em desenvolvimento humano. De um lado, o novo fundo será uma mega-poupança, um passaporte para o futuro, que nos ajudará, entre outras coisas, a pagar a imensa dívida que o País tem com a educação e a pobreza.

De outro lado, funcionará, também, como um dique contra a entrada desordenada de dinheiro externo, evitando seus efeitos nocivos e garantindo que nossa economia siga saudável, forte e baseada no trabalho e no talento de nossa gente.

Todos estes temas estão agora em discussão no Congresso Nacional e eu sei que contaremos, mais uma vez, com o apoio livre e soberano do Legislativo na construção deste novo Brasil.

Uma ação desta amplitude só pode ocorrer, de forma saudável, em um ambiente democrático. A democracia é o ambiente mais saudável para o crescimento.

O embate e a paixão política fazem parte do universo democrático, mas não podemos deixar que interesses menores retardem ou desviem a marcha do futuro.

Uma democracia só se fortalece com a participação da sociedade. Por isso se mobilize, converse com seus amigos, escreva pra seu deputado, seu senador, pra que eles apoiem o que é melhor para o Brasil.

O Brasil não tem medo de crescer, nem de buscar os melhores caminhos. Não vai ficar preso a dogmas, a modelos fechados ou a falsas verdades.

O Brasil acredita no livre mercado mas também no papel do estado como indutor do desenvolvimento. E saberá sempre buscar o equilíbrio que garanta o melhor para seu povo.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros,

É tempo de ampliarmos, ainda mais, a nossa esperança no Brasil. A independência não é um quadro na parede nem um grito congelado na história. A independência é uma construção do dia-a-dia. A reinvenção permanente de uma nação. A caminhada segura e soberana para o futuro.

Viva o 7 de setembro! Boa noite!"

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Unidade e defesa do PT marcam lançamento da candidatura Dutra


Unidade e defesa do PT marcam lançamento da candidatura Dutra

O ex-senador José Eduardo Dutra fez uma vigorosa defesa do PT e do governo Lula no ato de lançamento de sua candidatura à presidência nacional do partido, ocorrido na terça-feira (25) à noite no plenário Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília. Ele concorre pela chapa Partido que muda o Brasil.

“Por diversas vezes os profetas do apocalipse pregaram o fim do PT. Com as greves, diziam que o radicalismo ia acabar com o PT. Quando caiu o muro de Berlim, na década de 90, com a consolidação do projeto neoliberal, em 1994, quando fomos derrotados e, o que é mais impressionante, até quando ganhamos profetizaram o fim do PT. Diziam que o PT não teria a capacidade de governar o país”, disse Dutra.

Depois, completou: “Quando começaram a ver os resultados do governo, eles passaram a dizer que era sorte. Em setembro de 2008 soltaram foguetes (com a crise internacional): agora vai! Mas o Brasil foi o último a entrar e o primeiro a sair da crise”.

Dutra lembrou que os setores conservadores sempre tratam o PT com uma "alegria raivosa", citando uma expressão usada por Chico Buarque durante a crise de 2005. Disse que, naquela crise, PSDB, o DEM ficaram felizes por poder dizer que o PT era igual a eles.

“Mas o PT mostrou que não era igual a eles. Tivemos a ousadia de convocar os militantes e mais 300 mil compareceram e elegeram o presidente Berzoini. Temos problemas, mas temos a capacidade de apontar a esperança para o povo brasileiro”.

No fim do discurso, Dutra fez uma deferência especial a todos os presidentes do PT, de Lula a Berzoini, e disse que quer estar à altura deles.

Unidade

Participaram do ato, que lotou o plenário, dezenas de lideranças nacionais e regionais, entre ministros, governadores, prefeitos, deputados e senadores, além de dirigentes e militantes petistas de todo o país.

Também estiveram presentes três outros candidatos à presidência do PT: José Eduardo Cardozo, Iriny Lopes e Geraldo Magela. Eles afirmaram que estavam ali para mostrar o grau de unidade do partido, independentemente da disputa interna.

No discurso de abertura do ato, o presidente Ricardo Berzoini também destacou a presença dos candidatos como um fator de coesão.

“Isso mostra a coesão e a unidade partidária. Vamos passar por um processo de debate profundo e programático, mas também fraterno, porque todos compomos o partido que construiu o caminho para a mudança do Brasil”.

Orgulho petista

Todas as demais falas defenderam o PT das acusações sofridas nos últimos dias e destacaram a importância do partido no processo de mudanças pelo qual passa o país.

A senadora Ideli Salvatti levantou o plenário ao falar do “orgulho de ser petista” e de ajudar a construir um governo que está eliminando a miséria no Brasil.

“Para os envergonhados que saíram, quero dizer que tenho muito orgulho de ser do PT. Nada mais corrupto do que submeter a população à miséria. No governo Lula, na crise, enfrenta a pobreza. Temos orgulho da ética petista”, dissse.

Já o governador de Sergipe, Marcelo Deda, destacou que seus êxitos no comando do Estado não seriam possíveis sem o PT e sem a colaboração de aliados. Ele condenou a permanente campanha da mídia contra o partido.

“Nosso partido está unido. Os que nos acusam de aliancismo são os mesmos que nos acusavam de sectarismo. Os que nos acusam de senso de pragmatismo, nos acusavam de irresponsabilidade porque não nos somávamos ao projeto neoliberal. O ódio resulta porque a social-democracia vendeu a alma ao mercado. O ódio do DEM acontece porque o DEM não resiste a um exame de DNA. O melhor que podemos dizer dele é que é neto da Arena, sustentou a ditadura e governos patrimonialistas. Tenho orgulho de dizer que sou governador do PT”, disse Deda.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Vôo Colombo: Quarenta passagens são pagas com recursos públicos

Vôo Colombo: Quarenta passagens são pagas com recursos públicos
Fonte: Tribuna do Norte
O projeto da Semana de “Natal em Lisboa” contará com uma comitiva de 40 pessoas, que partiram da capital potiguar com bilhetes aéreos pagos por recursos públicos. O custo médio da passagem aérea pela empresa TAP para fazer o trecho Natal-Lisboa-Natal é de 1.200 dólares. Das 40 pessoas, 38 embarcaram com custos pagos pelo convênio da Prefeitura com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). As outras duas foram custeadas pela Câmara Municipal de Natal, no caso os vereadores Dickson Nasser (PSB), atual presidente, e Edivan Martins (PV), o presidente eleito que assumirá em 2011.

Parte da comitiva do chamado “Voo Colombo”, em uma referência ao fato de que a principal agenda de divulgação será no Shopping Colombo, embarcou na noite de terça-feira e o restante ontem. Faltando seis horas para o embarque, o grupo da Prefeitura de Natal teve duas baixas: os vereadores Paulo Wagner (PV) e Júlia Arruda (PSB), que desistiram da viagem. Para a prefeita Micarla de Sousa a viagem irá além do período de uma semana do estande que ficará no shopping Colombo. Ela só retornará a capital potiguar no dia 5 de julho.

O que chama atenção na lista de passageiros que embarcaram com bilhetes pagos com recursos públicos é a origem dos voos, já que nem todos saíram de Natal e também a relação das pessoas com a divulgação do destino turístico. A miss Brasil Larissa Costa, por exemplo, está levando o namorado, Heitor Dias, com recursos pagos pelo convênio ABIH-Prefeitura.

Iracy Azevedo, que presta serviço à Destaque Promoções e é ligada ao vice-prefeito Paulinho Freire, também segue no “Voo Colombo”. Outro que está viajando é o consultor Paulo Gaudenzi. Ele prestou serviço para Prefeitura de Natal no segmento de turismo. Há informações também que além dessa lista (divulgada pela TRIBUNA DO NORTE) partiu outra comitiva custeada pela Câmara de Comércio Brasil-Portugal.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Enrico Fermi, afirmou que o custo do evento da “Semana Natal em Lisboa” será de R$ 300 mil. Esse é o valor do convênio firmado pela Prefeitura com a entidade.

Em uma semana, a capital potiguar terá como divulgação em Lisboa, um estande em shopping, entrevista de Micarla de Sousa a emissora RTP e várias visitas, que vão de museus a parques. A chefe do Executivo irá também, na semana que estará na Europa, ao Parque Eduardo VII, Museu de Arte Africana, ao Museu de Moda e Design e terá um jantar com agentes portugueses, entre outros compromissos.

Divulgação de Natal começa em Lisboa

No Shopping Colombo, principal centro comercial de Lisboa, já começou a divulgação do destino turístico natalense, projeto que faz parte da “Semana de Natal em Lisboa”. Segundo a assessoria da prefeita, a Câmara Municipal de Lisboa apoiou o evento disponibilizando infra-estrutura, hospedagem e transporte para a comitiva oficial. “Esse é o modelo estratégico, que traz resultados. Natal se tornará conhecida em Portugal”, observa o consultor Paulo Gaudenzi, que está em Lisboa integrando a equipe de apoio da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento de Natal.

O projeto também é elogiado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Enrico Fermi. “Há muitos anos que não víamos um evento deste porte, com a participação efetiva da Prefeitura de Natal. É uma ação ousada, que merece todo o apoio dos segmentos turísticos e da classe empresarial natalense. Trata-se de um evento sério, que trará inúmeros benefícios para a cidade de Natal”, destacou Fermi.

Para o projeto da “Semana de Natal em Lisboa”, a Prefeitura de Natal contou também com o apoio da TAP, única companhia aérea que opera no destino Lisboa-Natal. A informação foi divulgada ontem pela Assessoria da Prefeitura, que enfatizou o desconto de R$ 30 mil dado pela companhia aérea na emissão de passagens para os integrantes do “Voo Colombo”.

Além disso, a TAP também franqueou 600 quilos de carga para que a Prefeitura do Natal pudesse enviar para Lisboa a folheteria, as peças de artesanato e os insumos necessários para a demonstração da gastronomia potiguar. Segundo a Assessoria, o desconto de R$ 30 mil foi efetivado na aquisição das passagens destinadas para o transporte aéreo dos técnicos da Prefeitura, dos integrantes da Câmara do Comércio, da ABIH e de empresários que tiveram interesse em participar do evento.

As estimativas da Prefeitura indicam que, nos próximos seis dias, 1.500.000 de pessoas deverão circular pelo salão principal do Colombo, onde cinco operadoras européias de turismo trabalham para vender o destino Natal.

Dois vereadores desistem e quatro vão com a prefeita

No grupo dos seis vereadores que estavam com passagens para a viagem rumo a Lisboa, dois desistiram. Faltando menos de seis horas para o avião decolar, Paulo Wagner (PV) e Júlia Arruda (PSB) recusaram o convite. A parlamentar do PSB avaliou que esse não é o momento para fazer uma ação de promoção do turismo na dimensão que está sendo realizada em Portugal. “Temos problemas na saúde, os trabalhadores rodoviários estão em greve. Esse tipo de ação (da Semana de Natal em Lisboa) é importante para promover o turismo, mas com esses problemas que estamos enfrentando, não acredito que esse seja o momento”, avaliou Júlia Arruda. Ela também criticou a programação feita pela Prefeitura de Natal. “Quando me convidaram falaram de uma programação e não foi isso que eu vi nessa agenda divulgada agora”, frisou.

Já o vereador Paulo Wagner disse que a desistência da viagem se deveu a um “sexto sentido”. “Desde o início meu coração estava pedindo para não ir. Devolvi o bilhete (aéreo) para a Câmara”, comentou. Pelos cofres do Legislativo da capital potiguar, foram pagos as passagens dos vereadores Edivan Martins (PV) e Dickson Nasser (PSB).

300 mil a menos na Prefeitura do Natal

Primeiro ela perdoou quase 90 milhões de dívidas da Unimed. Depois, quis alterar por decreto o Plano Diretor (aquele em que a sociedade se mobilizou e impediu em parte um dos maiores crimes da construção civil contra a cidade) para liberar construções; depois, queria reajustar as passagens para 2,15. Um a um, a prefeita vai "pagando" aos empresários que a apoiaram na campanha do ano passado. Agora são 300 mil para jornalistas, empresários e assessores passearem em Lisboa.

Como já bem disseram, Micarla, saia da TV (e agora de Lisboa) e vá as ruas!


segue texto sobre o assunto
http://www.mineiropt.com.br/blog/

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pesquisas confirmam aprovação recorde de Lula e crescimento eleitoral de Dilma


Duas pesquisas divulgadas entre31/05 e 1/06 – Datafolha e CNT/Sensus – confirmam os dados do levantamento PT/Vox Populi realizado no início de maio. Nos dois casos, aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a bater recorde e a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, cresceu na preferência do eleitor para a disputa presidencial de 2010.



Segundo o Datafolha, realizado entre os dias 26 e 28 de maio, 69%dos entrevistados classificam o governo como ótimo/bom. A administração é regular para 24% e ruim/péssima para 6%. Já a nota média dada a Lula alcançou 7,6 – igual a de novembro do ano passado e a maior desde que assumiu a Presidência, em janeiro de 2003.



O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, diz que "a queda anterior era o efeito direto da crise". Mas que, "com a população mais confiante quanto ao desempenho do governo frente à crise, o governo recuperou o nível de aprovação".



Ainda segundo o Datafolha, 63% dos entrevistados apontam como ótima/boa a performance do governo Lula na área econômica, a melhor avaliação desde 2004. O desempenho do governo é regular, nesse quesito, para 29%dos entrevistados, sendo ruim/péssimo para 7%.



Na CNT/Sensus, 84% aprovam o desempenho pessoal do presidente. É a melhor avaliação já atingida por um ocupante da presidência desde o início da pesquisa, em 2001. Quando Lula assumiu o governo, em janeiro de 2003, sua aprovação pessoal era de 83,6%.



A avaliação do governo também teve avaliação recorde na CNT/Sensus. O levantamento revela que, para 72,5% dos entrevistados, a gestão do presidente é positiva, o que aponta para um aumento de 1,4 ponto percentual em relação ao levantamento de dezembro passado.



Esse percentual representa um aumento de 15,9 pontos percentuais em relação à aprovação do governo em janeiro de 2003, quando o petista assumia o governo do país.



“Há uma forte esperança no futuro, centrada no discurso e nas medidas que o governo tomou. O presidente consegue passar seu discurso positivo para a população. O discurso do presidente é muito forte e traz muita esperança”, avaliou o presidente da CNT, Clésio Andrade.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas em 24 estados e 136 municípios entre 26 e 30 de maio. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.



Presidência



Na disputa pela Presidência da República, as duas pesquisas mostram que a ministra Dilma encurtou consideravelmente a distância entre a sua pré-candidatura a presidente e a do tucano José Serra.



No Datafolha, a diferença, que estava em 30 pontos percentuais em março, agora caiu para 22 pontos. No principal cenário do novo levantamento, Dilma tem 16% das intenções de voto, contra 38% de Serra. Em relação à pesquisa anterior, a ministra subiu cinco pontos percentuais, enquanto o tucano paulista perdeu três. O crescimento levou Dilma à segunda colocação, empatada tecnicamente com o deputado federal Ciro Gomes (PSB), que oscilou de 16% para 15%.



Na CNT/Sensus, a diferença caiu para de 29 para17 pontos. Na última pesquisa estimulada, realizada em março, ela tinha 16,3% das intenções de voto, contra 23,5% no levantamento apresentado nesta manhã. Enquanto a petista subiu, o governador de São Paulo, José Serra, registrou uma leve queda, de 45,7% para 40,4%.



Em relação a última pesquisa, divulgada no dia 30 de março, Dilma cresceu 7,2 pontos percentuais, enquanto o governador de São Paulo caiu 5,3 pontos na avaliação dos 2 mil entrevistados. No cenário, em que Dilma representa o PT e Serra, o PSDB, a candidata do PSOL Heloísa Helena aparece com 10,7%.



Já na pesquisa espontânea, há um empate técnico entre Dilma e Serra. A petista aparece com 5,4% nas intenções de voto, enquanto o tucano tem 5,7%. Nesta modalidade espontânea, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o mais citado, com 26,2%. Aécio Neves ficou com 3% e Ciro Gomes, 1,1%.



Confiança na economia



A pesquisa Datafolha mostra ainda que, em comparação a março, o brasileiro está mais otimista. Para 40% dos entrevistados, a situação econômica do país vai melhorar nos próximos meses. Na opinião de 15%, vai piorar.



Para 41%, fica como está. Segundo o Datafolha, 43% acreditam que a taxa de desemprego vai aumentar no país.Em março, porém, esse índice chegou a 59% dos entrevistados.



Hoje, 24% acreditam que o desemprego vai cair e 29% afirmam que ficará como está. De 2008 até março, 48% dos entrevistados apostavam no aumento da inflação. Hoje esse risco existe para 36%. Para 43% dos entrevistados, a inflação "vai ficar como está", enquanto 14% acreditam numa redução.



A aposta na manutenção da inflação nos mesmos patamares é maior entre os entrevistados com nível de escolaridade superior (52%) e renda familiar mensal de mais de dez salários mínimos (57%).



Portal PT

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Pré-Sal deve ser usado em benefício da nação, defendem petistas


Pré-Sal deve ser usado em benefício da nação, defendem petistas


Parlamentares da bancada do PT na Câmara defenderam ontem, no Plenário da Câmara, mudanças profundas na Lei do Petróleo (9.478/97), que estabelece as atividades de exploração do petróleo no País. As mudanças, afirmaram, devem considerar o princípio de que todas as riquezas derivadas do pré-Sal pertencem à nação brasileira devendo, portanto, serem convertidas em desenvolvimento social e econômico. Os petistas, que participaram de Comissão Geral para debater o tema, também criticaram os defensores da CPI criada no Senado para investigar a Petrobras.

Sobre a nova lei o deputado Fernando Ferro (PT-PE) afirmou que o Brasil está diante de uma grande oportunidade de desenvolvimento, cabendo ao Congresso Nacional entregar ao País uma legislação que assegure à população os benefícios obtidos a partir das suas riquezas naturais. “O mundo mudou e estamos vivendo um debate ideológico neste momento. Foi exatamente este processo que, no passado, comandou as privatizações no Brasil. O País tem a oportunidade de dar um salto gigantesco com essa descoberta no pré-Sal, mas isso dependerá de uma boa gestão destes recursos”, defendeu.

Para o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), o debate central neste momento, é exatamente o novo marco regulatório para o setor e não a pauta da oposição, que insiste investigar a Petrobras. “Temos que discutir o petróleo e não mais uma CPI, que tem gerado poucas contribuições para o País. O principal desafio é encontrarmos mecanismos para assegurar desenvolvimento e tecnologia com o pré-Sal”, afirmou.

Credibilidade – O deputado Luiz Alberto (PT-BA), vice-presidente da Comissão de Minas e Energia, ressaltou a credibilidade da Petrobras e reiterou o interesse do governo em assegurar que os recursos do pré-Sal sejam usados em benefício da nação. Ele também criticou a oposição e disse que é incoerente que uma das empresas mais bem cuidadas e auditadas do Brasil seja objeto de uma CPI.

Na avaliação do deputado Pedro Eugênio (PT-PE), a preocupação com a soberania nacional deve ser uma das principais diretrizes no novo marco regulatório para o setor. “No momento em que se discute o novo marco, é importante considerar alguns pontos. Não podemos nos limitar apenas à discussão fiscal. É uma questão de soberania nacional, do controle sobre o principal ativo do pré-Sal”, disse.

Desmistificação – O representante da Federação Única dos Petroleiros, João Antonio de Moraes contestou as ponderações feitas em Plenário por parlamentares da oposição, que atribuíram o sucesso da Petrobras à quebra de monopólio do petróleo, no governo Fernando Henrique Cardoso. “A descoberta do pré-Sal não é resultado da quebra do monopólio do petróleo e, sim, da eficiência da Petrobras. Se o Brasil se encontra hoje em uma condição singular para enfrentar a crise, se deve ao povo brasileiro que resistiu ao modelo de privatização do governo FHC”, avaliou.



Brasil produzirá 4 milhões de barris/dia e vai gerar 1 milhão de empregos com pré-Sal
O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme de Oliveira Estrella, disse que o pré-Sal fará com que o país amplie a produção dos atuais 2 milhões de barris de petróleo por dia, para 4 milhões de barris em 2020. O aumento na produção, de acordo com o diretor, também resultará na geração de cerca de 1 milhões de empregos, diretos e indiretos. A afirmação foi feita ontem, durante Comissão Geral no Plenário da Câmara, para discutir a política de exploração das reservas de petróleo na camada do pré-Sal, descobertos pela Petrobras em 2007.

“O petróleo continuará sendo, na matriz energética mundial, um componente extremamente importante no suprimento energético dos países. Este montante será possível, devido às nossas descobertas no pré-Sal, que serão plenamente exploradas a partir de 2011, 2013”, afirmou Estrella. Segundo ele, atualmente já existe uma sonda teste instalada no pré-sal que produz entre 20 e 30 mil barris de petróleo por dia. O principal objetivo do experimento é fornecer dados que serão utilizados para as futuras explorações.

A previsão, de acordo com o diretor, é de que em dezembro deste ano seja instalada a primeira plataforma piloto na região de Tupi, com capacidade para extrair 100 mil barris de petróleo e outros 4 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. “Com este significativo incremento da produção de gás no mercado brasileiro esperamos, em 2011, produzir cerca de 70 milhões de metros cúbicos de gás por dia, o suficiente para suprir as necessidades do mercado nacional”, explicou Estrella. Um dos grandes diferenciais para este novo momento de petróleo no País, segundo Estrella, é o baixo risco oferecido pelo pré-sal.

Desafios - Toda esta riqueza, de acordo com o executivo, exigirá grandes investimentos em tecnologias de automação e representa um grande desafio para a engenharia nacional. “Estamos muito longe da costa brasileira. Temos que investir em novos instrumentos e encontrar soluções, por exemplo, para o problema do alto índice de corrosão dos equipamentos. Estamos diante de um enorme desafio da engenharia brasileira”, afirmou.

O desafio é grande, no entanto, na avaliação do diretor, a Petrobras está preparada. “É uma oportunidade de desenvolvimento tecnológico no país, mas que exigirá soluções inovadoras e, com certeza, a Petrobras tem hoje condições de fazer esta exploração. Para isso, teremos que produzir um conjunto de equipamentos até 2020. Equipamentos de maior parte, que hoje são importados, terão obrigatoriamente, que ser produzidos no Brasil”.



Marco regulatório para pré-Sal chega à Câmara em agosto
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ontem que o marco regulatório sobre a exploração de petróleo na camada do pré-Sal deve ser enviado à Câmara dos Deputados até agosto.

Durante Comissão Geral da Câmara que discutiu o tema, Lobão disse que, com as descobertas recentes, o Brasil terá reservas suficientes para 40 anos e poderá fazer parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).


BNDES vai financiar expansão da cadeia produtiva de petróleo
O BNDES vai financiar expansão da cadeia produtiva de petróleo. O assessor da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Rafael Oliva Augusto, afirmou que o banco pretende financiar a expansão da cadeia produtiva de petróleo e gás na medida que caminharem os investimentos no pré-Sal. Segundo ele, seriam necessários aproximadamente 5 bilhões de dólares (cerca de R$ 9,8 bilhões) para completar a cadeia de investimento.

"O banco enxerga a perspectiva de grande número de investimentos com uma enorme oportunidade de ampliação e fortalecimento competitivo da indústria e de desenvolvimento científico", afirmou o assessor, durante Comissão geral na Câmara que discute a política de exploração do pré-Sal.

Augusto informou que o BNDES definiu diretrizes para conduzir o desenvolvimento de uma política industrial para o petróleo. Essas diretrizes incluem o desenvolvimento de estaleiros competitivos internacionalmente, o fortalecimento da engenharia nacional e a atração de empresas estrangeiras para parceria com fornecedores nacionais, entre outras.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Manifestantes reivindicam mudança na exploração do petróleo


Comissão Parlamentar de Inquérito foi amplamente criticada por manifestantes.
Por Isabela Santos
Fotos: Isabela Santos

Representantes do sindicato dos petroleiros (Sindipetro-RN), CUT, UNE, Ubes e partidos políticos manifestaram-se contra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a empresa e se colocaram a favor de uma nova legislação para o setor. A movimentação foi na manhã desta terça-feira (26), em frente à sede da Petrobras em Natal.

O presidente do Sindipetro-RN, Márcio Dias, considerou a manifestação primeiramente “a favor da Petrobras”.

“O regime de exploração é por concessão, ou seja, tira do Estado o controle do petróleo; quando é explorado e extraído passa a ser da empresa que o encontrou”, explicou. “O petróleo não pode ser considerado uma mercadoria qualquer”, alegou a mudança no regime de concessão como motivo para reivindicar.

Quanto à CPI, Márcio Dantas e demais manifestantes a qualificam como “eleitoreira”. Para ele, a Petrobras deve ser investigada, sim, mas não por uma CPI. “Já existe fiscalização por Tribunal de Contas, órgãos ambientais e outros”, diz.

Para a deputada federal Fátima Bezerra (PT), a Comissão está sendo formada por “tucanos desesperados” que não têm projetos, nem rumos e “estão de olho em 2010”.



Em sua opinião, a iniciativa tem caráter eleitoreiro e visa impedir os avanços na legislação e regulamentação do pré-sal, além de ameaçar iniciativas de privatização da empresa.

“Na época dos tucanos a empresa valia R$ 54 bilhões, hoje vale R$ 300 bilhões. Está colocada entre as cinco maiores empresas do mundo”, lembra e se despede dizendo que levará o tema à Brasília ainda hoje.
Disponivel em :www.nominuto.com

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Duas táticas? Por : Jose Dircel



22/05/2009
Duas táticas?
Por: José Dirceu*

Numa disputa presidencial não se pode ter duas táticas. Não tem como construir uma candidatura, a de Dilma Rousseff e, ao mesmo tempo, começar a seguir outra tática, a do terceiro mandato do presidente Lula. O confortável da nossa situação é que a candidatura Dilma Rousseff, com o apoio do presidente Lula, do PT e de aliados, tem tudo para vencer as eleições. E reparem que eu tenho acertado em minhas previsões. Previ que antes do São João ela ultrapassará Aécio Neves nas pesquisas de intenção de voto. Ela já deve estar empatada com ele na espontânea, e tem toda as condições para alcançar José Serra antes do início de 2010, ano da eleição.

Um terceiro mandato depende de uma emenda constitucional, seja para aprovar o direito de o presidente Lula disputar mais um mandato, seja para convocar um plebiscito ou uma consulta popular. Em política, isso nunca deu certo. A não ser quando se tenha hegemonia e uma correlação de forças favoráveis, maioria segura no parlamento, apoio popular, poder de mobilização, e disposição de enfrentar a resistência que, seguramente, a oposição fará com apoio da mídia conservadora. A imprensa, inclusive, já levantou e tentou criar esse factóide como uma vacina para demonstrar antecipadamente sua disposição de impedir, a qualquer custo, toda iniciativa nesse sentido.

Outro ponto a ser levado em consideração é o momento que o país vive. Superamos a turbulência decorrente da crise internacional com medidas que, seguramente, dão ao Brasil condições de retomar o crescimento e a criação de empregos já no último trimestre deste ano, e de crescer mais de 3% no próximo. Nesse sentido, a nação necessita concentrar-se na superação da crise e o governo, na administração das demandas. No caso da administração federal, na implementação das obras do PAC, requerendo um esforço maior que exige governar com queda de arrecadação e do crescimento.

Assim, num momento como este, de consolidação da candidatura Dilma Rousseff no PT e no eleitorado, quando aumenta sua taxa de conhecimento (até agora só metade dos eleitores sabe que ela é a candidata do presidente) e quando os aliados começam a apoiá-la, não podemos, de forma alguma, conciliar – sequer permitir – que se comece um movimento por um terceiro mandato para o presidente Lula.

O presidente tem declarado para quem quiser ouvir que não aceita e não quer nenhum movimento a favor de sua continuidade no governo, o mesmo ocorrendo com o PT, cujo diretório nacional, inclusive, tomou uma decisão nesse sentido.

Mesmo que essas iniciativas pró-terceiro mandato não tenham apoio ou sustentação no Congresso Nacional, que sejam posições individuais de parlamentares de alguns partidos, sem apoio de suas direções e lideranças, não devemos subestimar o prejuízo que podem provocar à pré-candidatura de Dilma Rousseff e ao PT. É preciso pôr um fim e impedir o prosseguimento desse movimento enquanto é tempo, antes que comecemos a trilhar um caminho sem volta – o das duas táticas, esta sim uma rota segura para a derrota.



(*) José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil

sexta-feira, 22 de maio de 2009

PT amplia liderança partidária e Dilma já ultrapassa 20% de intenção de voto


PT amplia liderança partidária e Dilma já ultrapassa 20% de intenção de voto
Pesquisa do instituto Vox Populi realizada entre os dias 2 e 7 de maio mostra que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já tem entre 19% e 25% de intenção de votos para a Presidência da República, caso seja candidata em 2010.
O levantamento, que ouviu duas mil pessoas em todas as regiões do país, mostra ainda que o PT continua sendo o partido de maior preferência da população. O índice, que era de 25% em maio de 2008, saltou para 29% agora. Em seguida, vêm PMDB, com 8%; e PSDB, com 7%. O DEM, ex-PFL, tem apenas 1%.
Os números mostram que 59% dos entrevistados têm muita ou alguma simpatia pelo PT. Para 70%, o PT ajuda o Brasil a cerscer.
Encomendada pelo PT, a pesquisa mostra também um quadro de ampla aprovação popular ao governo Lula. A avaliação positiva do presidente (considerando os índices de ótimo, bom e regular positivo) chega a 87%. Para 60%, o Brasil melhorou nos últimos dois anos, enquanto 67% se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com o país.
O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, comemorou os resultados do levantamento.
“A pesquisa mostra um quadro muito positivo, pois o PT ampliou seu percentual de preferência partidária junto à população, com atributos positivos em vários aspectos. Nosso governo está com mais de 80% de aprovação. Isso mostra o acerto da condução partidária e das medidas de enfrentamento à crise mundial”, afirmou.
Berzoini também destacou a subida de Dilma na sondagem eleitoral. "O desempenho da Ministra Dilma é consistente, levando-se em conta que boa parte da população não a conhece e não sabe ainda que Lula e o PT a apóiam. Vamos apresentar um Programa com mais avanços e novas conquistas para as eleições de 2010, para trabalhar a ampla aprovação da maioria da população ao projeto em andamento no país"
Veja abaixo os principais números da pesquisa, que tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais:
BRASIL
67% estão satisfeitos ou muito satisfeitos, igual a maio de 2008
27% estão insatisfeitos; 5% muito insatisfeitos
Para 60%, Brasil melhorou nos últimos anos
Para 14%, piorou
Para 56%, vai melhorar nos próximos 2 anos
Para 13%, vai piorar
PARTIDOS
Preferência
PT tem 29% da preferência partidária; alta de 4 pontos em relação a 2008 e de 10 pontos sobre 2004.
PMDB tem 8%; PSDB tem 7%; e DEM tem 1%
Eleitores sem preferência: 49%, queda de 15 pontos em relação a 2004 (64%)
Rejeição
PT tem 8% de rejeição, estável em relação a 2008
PMDB tem 5%; PSDB tem 5%; e DEM tem 3%
67% não rejeitam nenhum partido, queda de 2 pontos em relação a 2008 (69%)
Imagem
Primeiro partido que vem à cabeça: PT, 35%; PMDB, 24%; PSDB, 14%.
AVALIAÇÃO DO PT
59% têm muita ou alguma simpatia pelo PT, aumento de 12 pontos sobre 2008
81% acham o PT forte ou muito forte, aumento de 5 pontos em relação a 2008
65% consideram positiva a atuação do PT na política, aumento de 5 pontos sobre 2008
Para 70%, o PT ajuda o Brasil a crescer, aumento de 5 pontos sobre 2008
Opiniões sobre o PT
É dinâmico e trabalhador: 75%, contra 69% em 2008
É moderno, com idéias novas: 75%, contra 69% em 2008
Deve ter candidato próprio à Presidência: 68%, contra 67% em 2008
GOVERNO LULA
Desempenho do presidente
Avaliação positiva: 87% (ótimo, bom e regular positivo), contra 84% em 2008
Avaliação negativa: 13% (ruim, péssimo e regular negativo), contra 15% em 2008
Melhores ações do governo
Programas sociais, 36%; política econômica, 19%; Educação, 8%; Habitação, 7%
ELEIÇÕES
Partido do próximo presidente
Para 34%, próximo presidente deve ser do PT
Projeto de país
Para 73%, próximo presidente deve continuar com todas ou com a maioria das atuais políticas, contra 68% em 2008.
Candidato apoiado por Lula
23% votam com certeza no candidato apoiado por Lula
41% pode votar, dependendo do candidato
10% não votam
22% não levam isso em consideração
INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE, 1º turno, estimulada
Cenário 1
Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Ciro, 23%; Dilma, 21%; Aécio, 18%; Heloísa, 10%; Branco/Nulo/NS, 18%
Cenário 2
Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Serra, 36%; Dilma, 19%; Ciro, 17%; Heloísa, 8%; Branco/Nulo/NS, 19%
Comparativo: Em relação a maio de 2008, Dilma subiu 10 pontos; Serra caiu 10 pontos; e Ciro caiu 6 pontos.
Cenário 3
Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Dilma, 25%; Aécio, 20%; Heloísa, 16%; Brancos/Nulos/NS, 40%
Cenário 4
Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Serra, 43%; Dilma, 22%; Heloísa, 11%; Branco/Nulo/NS, 24%
Cenário 5
Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB)
Serra, 48%; Dilma, 25%; Branco/Nulo/NS, 37%
Rejeição
Heloísa, 17%; Aécio, 13%; Serra, 12%; Dilma, 11%; Ciro, 9%.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O cara do cara


O cara do cara

Reportagem da Revista IstoÉ desta semana salienta porquê Gilberto Carvalho deve presidir o PT no ano que vem. Leia a matéria de Sérgio Pardellas:



O cara do cara



Ninguém chega a Lula sem passar por Gilberto Carvalho, o nome do presidente para comandar o PT



O chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, é hoje o principal nome para assumir o comando nacional do PT em novembro. Além do apoio de 80% dos quadros do partido, conta com a simpatia de ministros de peso, como Tarso Genro, da Justiça, e Dilma Rousseff , da Casa Civil, e também de personagens que ainda exercem forte influência, como o ex-ministro José Dirceu.



Embora Lula ainda não tenha batido o martelo, nas conversas dos líderes petistas com dirigentes de partidos aliados para discutir as alianças regionais para 2010, a eleição de Carvalho é dada como favas contadas.

A certeza é tanta que um dos argumentos dos petistas para vencer o ceticismo dos aliados, como PMDB, PSB e PCdoB, quanto ao êxito das negociações nos Estados, é que Carvalho, na condição de "voz do presidente Lula no PT", terá a habilidade necessária para vencer os obstáculos.



"Ele é praticamente uma unanimidade. Tem experiência política, militância e é um excelente articulador", define o ex-governador do Acre Jorge Viana (PT), presidente da Helibrás e que também chegou a ser cotado para suceder o atual presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP).



Ex-seminarista e dono de fala mansa, Gilbertinho ou Gil, como é conhecido pelos amigos mais íntimos, é um homem de estilo conciliador. Não por acaso, ele é tido no PT como um dos poucos a possuir a paciência indispensável para negociar com o emaranhado de tendências do partido. Mas sua fama de bom articulador transcende os limites petistas. Para adversários políticos, Carvalho é um interlocutor do governo que cumpre a palavra.



"A candidatura dele será bem recebida por todos nós"

Tarso Genro, ministro



"Ele sempre foi muito respeitoso comigo", atesta o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Autoridade também não lhe falta. Carvalho pertence ao seleto grupo de pessoas que entram no gabinete presidencial sem bater à porta e chamam o presidente de "Lula". Conquistou a confiança em quase 30 anos de amizade. "Pode-se dizer que ele é hoje o mais antigo e leal companheiro dos tempos da República do ABC que ainda permanece ao lado do presidente", diz o ex-assessor de imprensa do governo, jornalista Ricardo Kotscho.



Por isso, o chefe de gabinete é autorizado, mesmo quando Lula está em Brasília, a receber em audiências ministros, deputados, prefeitos e representantes comunitários. Quando querem mandar algum recado ao presidente, é a ele que procuram.



A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff , sabe da importância de Carvalho para o êxito de sua candidatura à Presidência em 2010. Tanto que defendeu o nome dele para presidente nacional do PT, na noite da terça-feira 14, em reunião fechada, na sede do partido, com a bancada petista de deputados federais. Segundo Dilma, Carvalho "é fundamental para construir a unidade partidária" para a primeira eleição presidencial da qual o PT participa sem que Lula seja candidato.



Há uma preocupação, tanto no PT quanto no governo, de que o partido entre numa guerra de foice e atrapalhe a candidatura de Dilma em vários Estados. Carvalho representa a certeza da unidade. Por exemplo, Tarso apoia o deputado José Eduardo Cardozo (SP), atual secretário-geral do PT, que se inscreveu para a sucessão de Berzoini. Integrante do grupo Mensagem ao Partido, segunda maior corrente petista, Genro admite, no entanto, fechar acordo em torno de uma chapa encabeçada por Carvalho.



"Ele é fundamental para construir a unidade partidária"

Dilma Rousseff, ministra



"A candidatura de Gilberto será bem recebida por todos nós", diz o ministro. A tendência Construindo um Novo Brasil também fez um abaixoassinado defendendo o nome do preferido de Lula. A única voz dissonante é a do secretário de relações internacionais do PT, Valter Pomar, que já disse que não abre mão de ser candidato.



Mas a corrente dele é minoritária. Outro trunfo de Carvalho é que sua eleição acalma os ânimos de dirigentes dos partidos aliados que ainda estão desconfiados das negociações para as candidaturas estaduais em 2010. Para eles, o próximo presidente do PT precisa ser o fiador da vontade de Lula. Só Carvalho se encaixa perfeitamente a este perfil. Em recente entrevista, ele disse que o PT precisa de "juízo" na hora de fechar as alianças. É tudo o que os aliados mais querem ouvir nesse momento.



Longe dos holofotes e mesmo sem cargo no PT, Carvalho já tem apagado incêndios no partido. Na disputa com o PMDB pelo comando do Senado, por exemplo, foi ele quem articulou o cessar-fogo, mesmo que provisório, entre o senador Tião Viana (PT-AC), o atual presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e o ministro das Relações Institucionais, José Múcio. O presidente Lula ainda não deu o sinal verde para o chefe de gabinete.



Primeiro porque tem Carvalho como braço direito. Além disso, por saber que o PT não é um partido fácil de lidar, o presidente tem dito que, para assumir o partido, é necessário que Carvalho tenha a mesma autoridade que ele exerce hoje como um de seus principais assessores. No PT, não resta dúvida. Em novembro, quando ocorrerão as eleições internas, Carvalho será o cara do cara na disputa. O aval do presidente Lula é apenas uma questão de tempo.



Na foto: VOZ DE LULA Entre os concorrentes no PT, só Carvalho tem a confiança dos partidos aliados para fechar alianças nos Estados em 2010

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Governo quer envolver estados e municípios em políticas para a juventude


Governo quer envolver estados e municípios em políticas para a juventude
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara realizou audiência pública na quarta-feira (13) para discutir "Políticas Públicas para a Juventude". A proposta de audiência foi encaminhada em conjunto pelos deputados Marco Maia (PT-RS), Reginaldo Lopes (PT-MG), autor do projeto de lei (PL nº 27/07) que propõe o Estatuto da Juventude, e pelo deputado Luiz Couto (PT-PB), que preside a CDH.

O representante da Secretaria Nacional de Juventude do Governo Federal, José Ricardo da Fonseca apresentou as ações do Governo para a constituição da Secretaria Nacional da Juventude, destacando a necessidade da institucionalização do debate se estender aos estados e municípios, a fim de que as políticas públicas propostas possam atingir diretamente os setores juvenis da sociedade.

"Temos que ter políticas massivas e universais para a juventude, afinal, estamos falando de mais de 50 milhões de pessoas, com características sociais, econômicas e culturais diversas. Para atingir todas estas 'juventudes', é preciso atuar nos diversos âmbitos da gestão pública.", comentou Fonseca. Ele citou, ainda, os quatro direitos fundamentais que guiam o Governo na sua ação política dirigida aos jovens: a busca da emancipação econômica, ou seja, o direito ao trabalho; assegurar tempo livre ou o direito ao ócio criativo; busca de garantias ao acesso aos bens culturais e tecnológicos; e evitar o preconceito à idade, chamada de opressão geracional.

Para o cientista político Guilherme Ortiz, a Câmara tem papel fundamental na mobilização dos gestores públicos municipais para a construção de políticas públicas para a juventude. Em sua apresentação, Ortiz citou o fato de que, em todo o Brasil, a criação de espaços institucionais voltados especificamente para a implementação de políticas públicas aconteceu somente em 77 dos 5.561 municípios, "o que comprova que a iniciativa de institucionalização do Governo Federal ainda não se propagou para o local onde os jovens vivem.", concluiu.

Ao final de sua apresentação, Ortiz apontou características que devem estar presentes quando da implantação de estruturas institucionais para que se possa ter sucesso nos resultados: integralidade, no sentido de apreender a problemática juvenil em todos os seus componentes; transversalidade, ou seja, envolver todos os atores políticos vinculados ao processo decisório das gestões das prefeituras, dentre outros.

O debate foi encerrado pelo deputado Marco Maia, que enalteceu a forma como o Governo Federal vem tratando o tema da juventude: "Além de criar uma secretaria específica para tratar da temática juvenil, o fez de forma transversal, isto é, os programas criados transitam em diversos ministérios como o da Educação, no caso do ProUni, ou dos Esportes, no caso do Bolsa Atleta.", comentou Maia.

Também interviram no debate o presidente do Conselho Nacional de Juventude, Davi Barros, e ativistas que assistiam a sessão.

Movimento LGBT faz manifestação no Congresso e pede apoio contra discriminação


Movimento LGBT faz manifestação no Congresso e pede apoio contra discriminação


O Congresso Nacional foi palco, ontem, de uma ampla mobilização em prol dos direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). Criminalização da homofobia, união civil entre pessoas do mesmo sexo e direito à livre orientação sexual foram os principais temas do IV Seminário LGBT que reuniu representantes do movimento de todas as regiões do País. No seminário, parlamentares, ativistas e pessoas ligadas às questões de direitos humanos reafirmaram a necessidade de que o Congresso entre em sintonia com os anseios do segmento e aprove as diversas propostas que tramitam nas duas Casas (Câmara e Senado) sobre o tema.

Autor de um projeto que prevê união civil entre pessoas do mesmo sexo, o deputado José Genoino (PT-SP), fez um resgate histórico da luta da comunidade LGBT no Brasil e no Congresso. De acordo com o parlamentar, o tema surgiu no parlamento na Constituinte de 1988, no entanto, foi suprimido pelo tabu do conservadorismo. Genoino falou dos direitos universais da pessoa humana e disse que o direito à livre orientação sexual precisa estar assegurado em lei.

“Este assunto sempre constou da pauta do Congresso. É bom lembrar que na Constituinte, quando o assunto não tinha chegado no Judiciário, na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e nem no Executivo, o tema foi objeto de emendas populares e propostas de emenda à Constituição. Nós que defendemos esta causa estamos tratando de um conceito universal dos seres humanos. O conceito de direito não pode gerar uma relação de dominação, de exclusão e de manipulação de seres humanos. Essa questão é polêmica, porque estamos tirando o véu da história de preconceito e violência que esconde a verdade da sexualidade. Por isso, necessitamos da força da lei”, defendeu Genoino. Ele associou o tabu em torno da questão da homossexualidade aos grandes momentos de obscurantismo da história da humanidade.

Invisibilidade –Maria Berenice Dias, representante do Instituto Brasileiro de Direito da Família, fez duras críticas à forma com a qual o Legislativo brasileiro trata a questão homossexual e disse que o judiciário já avançou bastante no assunto. “O legislativo brasileiro trata com absoluta invisibilidade e perversão esta questão. Já temos projetos nesta casa desde 1995, no entanto, não temos nenhuma lei aprovada. Com esta omissão do parlamento, o judiciário acaba avançando as suas prerrogativas e dando respostas à sociedade. A maior prova disso é que os processos que envolvem casos homossexuais são tratados nas varas de família”, afirmou.

Manifesto – Ao término do seminário, todos os participantes, acompanhados por diversos parlamentares, incluindo senadores, saíram em comitiva munidos da bandeira do movimento gay (arco-iris) do corredor das comissões (anexo IV da Câmara), passando pelo Salão Verde até a frente do Congresso. No local foram feitas fotos que deverão ser usadas em uma cartilha que trata sobre a questão da homofobia. Palavras de ordem como “nem mais nem menos, queremos direitos iguais” foram ditas ao longo da passeata. As mobilizações marcam as comemorações do Dia Mundial da Luta contra a Homofobia (17 de maio).

Mineiro cobra medidas permanentes para evitar alagamentos pela chuva


Mineiro cobra medidas permanentes para evitar alagamentos pela chuva
Fonte: O Jornal de Hoje
Diante das críticas acerca do atraso do governo federal na liberação de recursos para recuperar os estragos causados pelas enchentes no interior do estado, o deputado Fernando Mineiro (PT) classificou-as de "discussão miúda" e sugeriu que paralelamente às medidas emergenciais seja feita a gestão dos recursos hídricos como forma de garantir a solução permanente do problema, sem que anos após ano o intenso volume de chuvas cause destruição e deixe desabrigados. "Nós temos uma tradição e costume de tratar da indústria da seca e agora é da indústria da enchente", criticou.

O deputado afirmou ser necessário, sim, cobrar dos governos federal, estadual e municipal os recursos necessários para assistência dos desabrigados e recuperação de estradas, por exemplo. Porém, ele avalia que se não houver o enfrentamento do problema do ponto de vista estruturante, como a ordenação da ocupação e uso do solo ao longo das bacias hidrográficas, o problema não será resolvido. "Você nos jornais que no ano passado foram R$ 100 milhões em prejuízos, neste ano também e será sempre assim se não houver um debate sobre a essência do problema", opina. "Quantos barramentos, pequenos açudes, canais, diques são construídos clandestinamente que são responsáveis por alagamentos? Qual o impacto do processo de assoreamento do rio Piranhas-Açu? Como está o canal do Pataxó? É preciso identificar as questões estruturantes, verificar as matas ciliares, as construções irregulares ao longo das bacias hidrográficas e investir para além das questões emergenciais isso é problema de gestão dos recursos hídricos", avalia Mineiro.

O deputado estadual rebateu a oposição pelas críticas quanto ao atraso na liberação de recursos no ano passado e ao suposto descaso do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que sobrevoou os estados do Maranhão, do Piauí e do Ceará para verificar os estragos causados pelas enchentes, mas não veio ao RN. "Um terço do Maranhão está debaixo de água. É como se de Lajes para cá o RN estivesse alagado. Chuva não tem nada a ver com prestígio. É uma idiotice ficar com esse tipo de discussão, é uma coisa pequena usar a tragédia das pessoas como questão política", enfatizou.

Para Fernando Mineiro, as ações emergências devem ser colocadas em prática paralelamente à gestão de recursos hídricos para evitar a repetição do problema. "O que já se gastou com medidas emergenciais ao longo dos anos, se tivesse sido aplicado com os projetos estruturantes talvez já tivesse minimizado os problemas causados pelas chuvas", avalia.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Exploração do pré-sal inicia nova era da história do petróleo brasileiro, diz Lula


Exploração do pré-sal inicia nova era da história do petróleo brasileiro, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (4) que o início da exploração da camada pré-sal representa “uma nova era” na história do petróleo brasileiro, ao comentar sua visita ao Rio de Janeiro para o começo da exploração da Bacia de Tupi.



No programa semanal Café com o Presidente, ele lembrou que não se sabe ainda a quantidade de petróleo disponível em toda a área do pré-sal. Mas, o governo pretende fazer testes pelos próximos 15 meses e apenas depois desse período o petróleo será explorado com fins comerciais. Ele citou ainda a necessidade de regulamentação da Lei do Petróleo.



“Quando descobre petróleo na camada pré-sal, o Brasil tem chance de se transformar em um país com um potencial extraordinário e aí a gente pode resolver parte dos nosso problemas econômicos”, disse, ao se referir à descoberta da camada pré-sal como “uma quase segunda independência” brasileira.



Lula ressaltou que o país vai continuar a investir em biocombustíveis mesmo com a exploração da camada pré-sal, uma vez que é preciso renovar a matriz energética. Parte dos 400 milhões de hectares disponíveis para a agricultura, segundo o presidente, pode ser usada para o plantio de mamona, dendê, pinhão manso e girassol – alternativas para uma nova matriz energética.





“Acho extremamente importante a gente ter consciência de que, quanto mais petróleo, melhor, mas isso não significa que a gente vai deixar de investir no biodiesel e no etanol, porque são duas fontes energéticas extraordinárias para despoluir o planeta e para que a gente possa gerar milhões de empregos no país.”

segunda-feira, 27 de abril de 2009

II Festival da Juventude acontece no Ceará


II Festival da Juventude acontece no Ceará
Fonte: Assessoria do Mandato Mineiro

Desenvolvimento Juvenil no Nordeste Brasileiro. Esse é o tema do II Festival da Juventude do Nordeste, que acontecerá nos dias 30 de abril e 1, 2 e 3 de maio, em Quixadá, Sertão Central do Ceará. O evento reunirá 1200 jovens.

O Festival, organizado pela Rede de Jovens da região, pretende mobilizar as representações juvenis dos oito estados nordestinos para o debate político sobre suas demandas, bandeiras e ações que buscam a melhoria da qualidade de vida. Três princípios dão o tom das atividades que serão realizadas no período: Cultura, mobilização e política.

A delegação de cada estado participou previamente de pré-festivais, organizado pelos núcleos da Rede de Jovens. No Rio Grande do Norte, o pré-festival aconteceu nos dias 17, 18 e 19 deste mês e selecionou 50 representantes.

Confira a programação oficial do II Festival da Juventude do Nordeste:

30/04 – Quinta-feira

09h - Chegada das delegações/ Credenciamento
12h - Almoço
14h - Chegada das delegações /credenciamento
18h - Jantar
19h - Abertura Oficial: Boas vindas e integração (mística juvenil) / Apresentação cultural dos estados
22h - Show - Quixadá


01/05 – Sexta-feira

8h30min – Harmonização
9h30min – Câmaras temáticas

Juventude e desenvolvimento do campo.
Juventude direitos humanos e diversidade
Juventude, geração de trabalho e renda.
Juventude e educação
Juventude e Meio ambiente convivência com o semi-árido.
Juventude cultura e mídia
Juventude e mecanismos de participação
Juventude e acessibilidade
Juventude e segurança pública.
Juventude e gênero
Juventude e raça e etnia

12h – Almoço
14h – Oficinas temáticas
17h – Mostras de cinema, feiras, exposições, apresentação cultural e lançamento de livros.
18h – Jantar
21h – Show- Homenagem ao 01 de maio dia do trabalhador


02/05 – Sábado

9h - Oficinas temáticas
12h - Almoço
14h - Intervenção das oficinas na cidade
17h - Mostras de cinema, feiras, exposições, apresentação cultural e lançamento de livros.
18h – Jantar
21h – Show


03/05 – Domingo

9h – Harmonização
10h – Avaliação
11h – Encontro das lutas da juventude
12h – Almoço
16h – Encerramento com apresentação cultural

domingo, 26 de abril de 2009

Dilma: a doença cura, não podemos aceitar é o preconceito

Dilma: a doença cura, não podemos aceitar é o preconceito A ministra Dilma Rousseff, em exame de rotina, descobriu um pequeno caroço. Esse caroço foi extirpado em procedimento ambulatorial, sem necessidade de cirurgia complexa, por ser na axila, sem envolver outros órgãos internos. Exames complementares não encontraram nenhum outro tumor. O tecido retirado foi levado para exames, e o resultado da biópsia, conhecido durante esta semana, indicou ser cancerígeno. Daí a recomendação médica para o tratamento de quimioterapia a que está se submetendo para prevenir que não tenha novos tumores no futuro. Médicos explicam que as possibilidades de cura são as melhores possíveis, de 90%, dado o diagnóstico precoce. Certamente muita gente conhece pessoas que já passaram por tratamento de câncer e estão curadas há mais de 10, 20 anos. Para citar alguns casos famosos que expuseram sua doença ao público, há o caso de Patrícia Pillar, da CANSADA Ana Maria Braga (arghh!!), que estão curadas e em plena atividade, como se nada tivesse acontecido. DESFAZENDO AS ESPECULAÇÕES: O risco da ministra é muito baixo, pois seu nódulo foi identificado e extirpado na fase mais inicial possível. O tratamento atual deve prevenir o reaparecimento de outros nódulos. A ministra continuará fazendo exames de acompanhamento preventivo. Ainda que aparececessem novos nódulos no futuro, enquanto forem identificados e extirpados precocemente, sem atingir um ponto vital, o quadro de saúde se manteria controlado durante muitos anos, sem comprometer a atividade da ministra. Há pessoas dizendo que a ministra estaria negligenciando seu tratamento, ao não afastar-se do trabalho. Mas Dilma segue ordens médicas. Desde que ela cumpra o tratamento, se os médicos não contra-indicam, não há empecilho em realizar seu trabalho, que ela tanto gosta, a não ser que ela não se sinta bem. CONSEQUÊNCIAS POLÍTICAS É claro que nenhum de nós queremos que a ministra sacrifique sua saúde, ou coloque a vida em risco, para atender nosso desejo de vê-la presidente. Não há dúvida que se a situação fosse de escolher entre uma coisa e outra, é claro que todos nós iríamos preferir que Dilma cuidasse da saúde primeiro, levasse o tempo que fosse necessário para se restabelecer, e depois voltasse a luta, inteira e renovada, mesmo que fosse depois das eleições de 2010. Mas o quadro que se apresenta é outro. Dilma deverá passar por este tratamento por alguns meses, nem deverá precisar se afastar do trabalho na Casa Civil, e logo, logo, essa doença e esse tratamento deverá ser coisa do passado. Se a ministra não fosse uma pessoa que estivesse em tamanha evidência, o fato nem despertaria interesse na mídia, como centenas de tratamentos semelhantes a que se submetem outros políticos. Este ano, ela continua tocando o PAC, contornando os efeitos da crise internacional, fazendo políticas para gerar empregos e políticas sociais. No ano que vem, ela será candidata. A ministra vai ser avó em breve, quer ver sua família crescer, e não estaria colocando sua saúde em risco. Ela também jamais colocaria em risco o projeto nacional de dar continuidade ao trabalho de Lula, se não se sentisse apta para isso. Então se ela está seguindo a sua agenda de trabalho é porque ela pode. Da mesma forma o presidente Lula continuará dando pleno apoio à Dilma, e só mudaria de opinião, se isso colocasse a saúde da ministra em risco. As especulações políticas serão inevitáveis. Os urubus, do PIG e da oposição, que sempre tentaram tirar Dilma do caminho de Serra, tentarão usar o fato para colocar em dúvida a capacidade plena de governar. Não conseguirão. Quem tenta tirar vantagens em cima de problemas de saúde dos outros, principalmente quando superáveis ou controláveis, querendo tratar pessoas curadas como inválidas, é preconceituoso e age de má-fé. O Brasil que já elegeu Lula duas vezes repudia preconceitos, seja contra portadores de deficência, seja contra soro-positivos, seja contra idosos, mulheres, homossexuais, negros, índios, pobres, ex-viciados, seja contra quem não teve oportunidade de estudo quando jovem (como o próprio Presidente), seja contra quem se tratou ou se trata de câncer ou outra doença qualquer. Qualquer brasileiro sabe que ele mesmo ou algum amigo, ou gente da família, pode passar por isso, e não acharia justo sofrer discriminação em seu trabalho, como se não pudesse mais desempenhá-lo, quando todos os médicos dizem que pode e a própria pessoa se sente apta. Até crianças superam câncer infantil, e seria absurdo, aceitar que ficassem estigmatizadas para exercer trabalhos ao se tornarem adultos, por mero preconceito. Câncer, identificado no início, como o Dilma, tem cura, e não atrapalha a trabalhar nem a governar. Preconceito contra pessoas que se trataram ou se trata de câncer, é que é uma praga difícil de curar. E o que atrapalha a governar é preconceito. Por: Zé Augusto . Sábado, Abril 25, 2009 Comentarios(8)| Trackback Links deste post

Governadora do Para, denuncia que jornalistas da Globo viajaram no aviao do sr. Daniel dantas para irna Fazenda...Antes do ``conflito´´


Violência agrária no PA teve queda recorde" Caio Junqueira, de São Paulo
Valor economico, 24/04/2009


A governadora do Estado que foi palco do mais recente conflito agrário de repercussão nacional, Ana Júlia
Carepa (PT), vê armação da oposição ao seu governo para desqualificar os avanços que, segundo diz, ocorreram no
Pará na questão agrária. De acordo com a governadora, o número de mortes no campo diminuiu e o de reintegrações
de posse cumpridas aumentou.

A constatação, porém, contraria o embasamento do pedido de intervenção federal e impeachment proposto
pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), presidido pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Para a
governadora, a líder ruralista age sob comando do banqueiro Daniel Dantas, proprietário de centenas de hectares
no Pará, dentre os quais a fazenda Espírito Santo, em Xinguara, onde ocorreu a troca de tiros entre seguranças
e sem-terra, cujas imagens correram o país esta semana. A seguir, trechos da entrevista concedida ontem ao
Valor, por telefone, por volta de 20h00. A assessoria de imprensa do banqueiro Daniel Dantas foi procurada, mas
não foi possível contatá-la:

Valor: Qual avaliação da situação agrária no Pará?

Ana Júlia Carepa: Temos um governo que trata a questão agrária com o cuidado que ela merece. Somos
campeão de diminuição de morte e violência no campo. Nos contrapomos ao governo anterior, que foi campeão nesse
quesito. Pelos dados da Comissão Pastoral da Terra, em 2006, foram 24 mortes. Em 2007, cinco e em 2008 uma.
Temos passado Abril vermelhos sem nenhuma morte. Não há qualquer situação de descontrole do Estado em relação
às questões do campo.

Valor: Mas e conflito entre seguranças e sem-terra em Xinguara?

Ana Júlia: Não existe nenhum mandado de reintegração de posse para a fazenda Espírito Santo no município
de Xinguara. O mandado que eles mostraram na televisão é em favor da fazenda Espírito Santo Retiro Baixa da
Égua, em Marabá. Tem uma diferença aí de uns 100 quilômetros.

Valor: Mas não há outros mandados aguardando cumprimento? Fala-se em mais de 100.

Ana Júlia: Tínhamos 173 mandados de reintegração quando assumimos o governo em 2007, a maioria deles
rurais, descumpridos pelo governo anterior. Não entendo porque ninguém pediu o impeachment lá atrás nem
intervenção. Hoje são 63 mandados não-cumpridos, segundo a Procuradoria do Estado. E há um cronograma para que
sejam cumpridos, acordado com a Justiça. Os primeiros que cumprimos foram dessa região Sul e Sudeste, que era
onde havia mais mandados. Depois, combinamos com a Justiça e o Ministério Público para focar mais na Vara
Agrária de Castanhal, região Nordeste do Estado. É nessa região que estamos cumprindo os mandados agora. Não
posso atender só 60 pessoas. O governo anterior deixou 173, agora vou esquecer essas pessoas e atender alguém
só porque tem poder econômico. E deixar para trás todas as outras pessoas que estão aguardando?

Valor: Então se não havia mandado a ser cumprido em Xinguara, por que razão houve essa repercussão?

Ana Júlia: Tem uma situação que é montada, coordenada, por um senhor, Daniel Dantas, que já há algum
tempo tem diferenças com nosso governo. Desde senadora eu já o denunciava.

Valor: Mas qual o problema específico dele com o governo?

Ana Júlia: O governo do Estado, junto com o Iterpa, moveu uma ação contra a fazenda dele por
descumprimento do contrato de aforamento de terras. Aquelas áreas dele eram afloradas com a finalidade de
utilizar o imóvel para para exploração de castanhais. Eles descumpriram, promoveram atividade agropecuária,
crimes ecológicos e comercializaram a área. Então há uma ação em trânsito e a Justiça suspendeu a matrícula e
os títulos dessas fazendas em Xinguara.

Valor: E como a senhora avalia a reação da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) ao episódio,
pedindo impeachment e intervenção no Pará?

Ana Júlia: Isso é reação dos empregados do Daniel Dantas, todos.

Valor: Da própria senadora Kátia Abreu (presidente da CNA)?

Ana Júlia: São todos empregados do senhor Daniel Dantas. Tem um poderio econômico por trás. É o caso de
perguntar porque tinha tanta gente filmando na hora do conflito. Em que avião eles chegaram lá?

Valor: No dele?

Ana Júlia: Sim, claro. Toda a imprensa que estava lá tinha chegado no avião dele. Isso tudo é uma ação
política de setores da oposição que, inconformados de estarmos realizando tantas ações no Estado em diversas
áreas, inclusive nessa, que não foram feitas por quem hoje nos ataca, mas que esteve no poder estadual por 12
anos. Daí quando chega um grupo econômico forte fica achando que tem que ter prioridade.

Valor: E como a senhora recebe o pedido de impeachment?

Ana Júlia: Acho um desrespeito ao povo do Estado do Pará, que tem um governo que age e é eficaz nessa
área do campo. Os números demonstram essa eficiência. Diminuímos as mortes, aumentamos as reintegrações
cumpridas. Não vou promover massacres como o de Eldorado dos Carajás. O que alguns estão querendo é outro
massacre para dizer que nós também promovemos massacre. É essa vontade que alguns setores têm. Tentam
artificializar uma situação que não existe. Temos um Estado com cerca de 900 assentamentos e que até 2006 era
campeão de mortes no campo. Hoje é campeão de diminuição de mortes no campo.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Bancada debate obras do PAC com ministra Dilma Rousseff


Bancada debate obras do PAC com ministra Dilma Rousseff


O líder do PT na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP) convida os deputados da bancada para reunião hoje, com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O debate será em torno do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O encontro acontece às 19h no Diretório Nacional do PT, em Brasília.

PLENÁRIA FINAL PARA ORGANIZAÇÃO DO 1º DE MAIO

Assunto: URGENTE - 1º DE MAIO - URGENTE



PLENÁRIA FINAL PARA ORGANIZAÇÃO DO 1º DE MAIO


DIA 24/04/009 – SEXTA-FEIRA
ÀS 18h00
NO AUDITÓRIO DA CUT/RN
PAUTA:
· 1º de maio;


Na certeza da presença de tod@s, enviamos nossas Saudações Cutistas.

Sua presença é muito importante!


José Rodrigues Sobrinho
PRESIDENTE

Mineiro se reúne com grupos de juventude para organizar audiência pública


Mineiro se reúne com grupos de juventude para organizar audiência pública
Fonte: Assessoria do Mandato Mineiro
O deputado estadual Fernando Mineiro participa de reunião com vários grupos ligados à juventude nesta sexta-feira (24). O objetivo é dar início à organização de uma audiência pública sobre políticas públicas voltadas para a juventude.

Participam do encontro organizações juvenis ou que trabalham com jovens. Já confirmaram presença a Canto Jovem, Rede de Jovens, Posse de Hip Hop Lelo Melodia, Coletivo Leila Diniz, Ileaô, Fetarn, Fetraf, DCE-UFRN, Pastoral da Juventude do Meio Popular e um representante do canal Futura.

A reunião acontece na sede do Canto Jovem, a partir das 16h.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pré-sal: extração na Bacia de Santos começa em 1º de maio




Pré-sal: extração na Bacia de Santos começa em 1º de maio


No dia 1º de maio o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acionará o mecanismo para iniciar a produção no pré-sal da Bacia de Santos, área conhecida como Tupi, dando início ao chamado Teste de Longa Duração (TLD). Para a produção, a Petrobras fretou um navio-plataforma (FPSO São Vicente), que produz, armazena e escoa petróleo. Construído em Cingapura, o navio tem capacidade de produzir até 30 mil barris/dia e ficará ancorado na profundidade de 2.170 metros. O petroleiro já se encontra no Brasil e está sendo preparado para ser conectado ao poço, cujos trabalhos de perfuração foram concluídos.

O teste possibilitará à Petrobras obter informações detalhadas sobre o reservatório e as condições de produção acerca de 6 mil metros de profundidade, abaixo da camada do sal. Este primeiro poço deverá produzir entre 10 mil e 20 mil barris diários em um teste de longa duração, o que permitirá melhor conhecimento do mecanismo natural de produção da jazida e outras informações em que vão se basear os projetos definitivos da área.

A unidade vai produzir petróleo leve de excelente qualidade e maior valor comercial. Segundo a Petrobras, no pólo pré-sal da Bacia de Santos serão perfurados ainda este ano mais nove poços, que vão se somar aos dez já perfurados pela estatal nos últimos dois anos – todos com indicação da presença de petróleo e gás.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Genoino ocupa tribuna para destacar liderança do presidente Lula


Genoino ocupa tribuna para destacar liderança do presidente Lula


O deputado José Genoino (PT-SP) ocupou a Tribuna ontem para destacar a liderança do presidente Lula na condução do País e na relação do Estado brasileiro com o mundo. “O Brasil se coloca em posição favorável ao ditar rumos para enfrentar esta crise mundial, não colocando o peso dela nas costas do trabalhador e da população”, disse. Para o petista, “Se não fosse o preconceito e a disputa política pequena, certos setores da política e da mídia avaliariam de outra maneira o papel político desempenhado pelo Presidente Lula”.

Genoino exemplificou com três acontecimentos recentes que comprovam o papel do presidente Lula como Chefe de Estado e de Governo e que demonstram que o Brasil tem rumo, projeção e sabe se posicionar em momentos difíceis. Primeiro citou a ação do Governo Lula no combate à crise financeira mundial.

“O Presidente Lula agiu corretamente ao transmitir ao povo brasileiro paciência e segurança, não deixando de tomar nenhuma medida para enfrentar a crise no País. Os resultados já começam a aparecer. A tendência a seu agravamento começa a ser revertida”.

Como segundo fato, o deputado citou a reunião do G-20 onde o presidente Lula se portou como “verdadeiro Chefe de Estado, em diplomacia presidencial que projetou o Brasil no cenário dos países desenvolvidos e emergentes, protagonista de uma nova agenda para enfrentar a crise do sistema financeiro e do modelo neoliberal”.

Terceiro fato, disse Genoino, foi o pacto dos Três Poderes em torno do qual o Presidente da República e os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal se articulam para apresentar um conjunto de medidas necessárias para enfrentar a superposição de funções entre algumas instituições do Estado brasileiro.

“Peguei esses três fatos para mostrar que o Presidente Lula é uma liderança testada, experiente, que tem noção do tempo da política, paciência e conhecimento de sua responsabilidade maior de Chefe de Estado, e a está cumprindo muito bem. Não entendo por que setores da oposição e da mídia, só com base em preconceito ou disputa eleitoral, não compreendem isso”, disse . Para o deputado, basta ler a imprensa internacional, para ver a diferença de tratamento dado ao Presidente brasileiro.

“Essa disputa está ficando bisonha, porque cada vez mais o papel político de uma liderança se destaca no cenário nacional e internacional. E isso não é fruto de mídia e propaganda, é consequência de uma política que tem continuidade, é processual e serena e tem rumo. O Presidente Lula está mostrando essa capacidade tolerante e paciente, mas ao mesmo tempo firme no sentido do objetivo a ser alcançado”, reforçou Genoino.

Vicentinho elogia postura de Dilma Rousseff

Vicentinho elogia postura de Dilma Rousseff
O deputado Vicentinho (PT-SP) elogiou a postura da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff , no encontro realizado nesta semana, na sede nacional do PT em Brasília, com os parlamentares da bancada na Câmara. Na avaliação de Vicentinho, a ministra Dilma demonstrou conhecimento “extraordinário” do governo federal.

“Ela também demonstrou uma visão estratégica extraordinária e mostrou conhecimento profundo, não somente do PAC, mas também dos programas do governo Lula no aspecto social, industrial, econômico e cultural”, disse.

A ministra Dilma Rousseff, de acordo com o deputado Vicentinho, “ nos fez ver o Brasil com todos os seus mecanismos de base: o investimento social; o controle da inflação; a distribuição de renda; a valorização, em primeiro momento, do pequeno e do microempresário; o projeto desenvolvido para a construção de um milhão de casas no nosso País; e o financiamento diferenciado, sobretudo, para as pessoas que ganham até três salários mínimos”, ressaltou.

Ainda de acordo com o parlamentar petista, o debate permitiu saber “a localização exata do papel exercido pelo Brasil” perante a crise econômica internacional.

Moradores pedem construção de quadra esportiva em escola estadual no bairro de Nazaré


Inaugurada em 1986, a Escola Estadual Judith Bezerra de Melo, no bairro de Nazaré, parece não ter previsão de conclusão. Alunos e diretores da escola reivindicam há mais de duas décadas a construção de uma quadra poliesportiva nos fundos da instituição.

A informação é de Jeferson Andrade, ex-aluno da escola e ex-presidente do grêmio estudantil. Ele explicou que mesmo com o pedido de diretores, nada foi idealizado exceto a elaboração de um espaço entre as salas de aula onde as atividades são desenvolvidas.

“Foi feita uma pintura no pátio para que os alunos se exercitem. Mas isso quer dizer que, nos horários da educação física, as aulas são interrompidas. Quando os alunos querem praticar um outro esporte, têm que se deslocar para ginásios de outras escolas”, revelou.

Jeferson Andrade ainda disse que contatos com a secretaria de educação já foram feitos, mas até o momento não houve nenhuma resposta concreta. Em 2008, o secretário estadual Ruy Pereira informou que a obra não poderia ser feita por colocar em risco o limite prudencial adotado pelo governo do Estado.

Neste ano a explicação dada pelo secretário foi de que é preciso cuidar de assuntos relativos ao final da greve com os professores estaduais. Em tempo, o custo do projeto está orçado em R$ 200 mil, mas apenas R$ 90 mil foram dedicados para a obra. “Não pudemos retirar o dinheiro porque ele é insuficiente para a construção da quadra”, detalhou Jeferson Andrade.

Morador do bairro há 40 anos, o comerciante Francisco de Assis apontou outro problema de abandono do terreno. É constante a presença de insetos e roedores que se proliferam pelo espaço com pouco tratamento. Ele falou que já foram encaminhados ofícios e abaixo-assinados, porém sem resultados.

“Queríamos que o espaço fosse preenchido por uma quadra ou por uma área de lazer que atenderia a toda a população”, conclui o comerciante.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Maranhão em uma encruzilhada

O Maranhão em uma encruzilhada

Thalita Martins*

O Estado do Maranhão teve um grande avanço político nas últimas eleições para Governo do Estado ao dizer “não” à oligarquia Sarney. Décadas e décadas de coronelismo deixaram marcas profundas que hoje tentam ser superadas com muita dificuldade. Enquanto outros Estados avançavam econômica e socialmente, o Maranhão apresentava traços das mais atrasadas formas de produção e o pior índice de desenvolvimento humano do Brasil. Os mais ricos eram os mais ricos do país e os mais pobres estavam abaixo da linha de pobreza.
Em 2006, fizemos a opção de escolhermos, via a democracia representativa, uma outra perspectiva de futuro para o Estado nos próximos quatro anos. Naquele momento, inúmeras pessoas de todas as classes sociais foram às ruas, numa linda e pacífica manifestação, como há muito tempo não víamos na Ilha Rebelde, dizer “Xô Rosengana”. E fizemos a escolha, não porque Jackson Lago se mostrava como o melhor candidato, mas pelo fim do coronelismo sarneysista que reinava em nosso Estado. Foi uma forma legal e democrática que o povo maranhense encontrou de dar um basta à anos e anos de atraso.
Hoje, nos encontramos em mais uma encruzilhada. A qualquer momento o Império Sarney pode voltar à tona. E isso me preocupa. Não acho que o Governo Jackson Lago tenha sido aquilo que sonhamos, um Governo que atenda aos anseios populares. Aliás, não faço apologia ao seu Governo (e nem é esse o meu intuito), por entender que apesar de alguns avanços, erros graves foram cometidos nessa pequena trajetória. E nem acho também que a oligarquia Sarney tenha se findado por completo. Uma prova disso é analisarmos nossos três representantes no Senado e o resultado das eleições municipais de 2008. O ano de 2006 apenas mostrou que esse poder havia se enfraquecido no Maranhão.
A volta de Roseana Sarney ao Governo pode significar o (re)fortalecimento de um grupo, cuja visão política arcaica contrasta com o cenário de crescimento político, econômico e social que o Brasil, na atual conjuntura, apresenta. Se já não bastasse a vitória de José Sarney para Presidente do Senado... Portanto, toda a nação deve se envolver nesse cenário e se preocupar com o que poderá ocorrer nos próximos dias no Estado do Maranhão.
Todas e todos os brasileiros (principalmente os maranhenses) precisam entender esse momento (histórico!) no qual estamos inseridos. Aliás, faz-se necessário sermos atores e atrizes desse palco, participando ativamente do que nos rodeia. Não dá para fingir que nada está acontecendo. É preciso aflorarmos um pensamento crítico na sociedade, para podermos entender e nos posicionarmos sobre a atual conjuntura política, social e econômica do Maranhão. E, de preferência, nos posicionarmos outra vez, de todas as formas que pudermos desde que legais, contra o grupo Sarney. O espírito de se indignar e se rebelar contra aquilo que achamos injusto ou errado não é apenas da juventude, mas é inerente a todo e qualquer ser que guarde dentro de si um pouco de humanidade.
Por falar em juventude, fico muito triste e decepcionada com uma entidade que em sua história já encampou várias lutas em prol dos estudantes e do povo maranhense (meia passagem, contra a Ditadura Militar, etc.) e por onde vários nomes que construíram e constroem a política maranhense já passaram, que é a UMES de São Luís. Esta entidade, que se posicionou “em nome do movimento estudantil maranhense”, deixa de lado toda a sua história ao defender a família Sarney e seus interesses. Eu sou uma daquelas defensoras que acredita que não existe um nome, mas vários nomes e entidades que constroem o movimento estudantil.. Assim como, que cada um fale por si próprio, tire suas próprias conclusões e tenha suas próprias opiniões (e isto é o que mais queremos!). Claro (e óbvio!) que a UMES de São Luís não realizou nenhuma assembléia com os estudantes secundaristas para tomar tal decisão.
Bom, mas por eu ser uma militante do movimento estudantil, que não se sentiu contemplada pelas declarações daquela entidade, e que representa uma entidade de representação nacional, que é a União Nacional dos Estudantes (UNE), venho aqui dizer que no último Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEG) que a UNE realizou na cidade de São Paulo, nos últimos 21 e 22 de março, aprovamos em Plenária Final uma moção de repúdio ao TSE, nos seguintes ditos:

Moção de repúdio
Repúdio a decisão do TSE que tenta derrubar o governo de Jackson Lago, num golpe à vontade soberana do povo do Maranhão.

Por fim, entendo que toda a sociedade precisa se posicionar. Estamos numa encruzilhada, onde podemos avançar num projeto popular para o Estado ou retrocedemos para um projeto arcaico e coronelista. Decidimos democraticamente o que queríamos para o Estado. Devemos agora, exercer nossa democracia participativa e nos manifestar pelo respeito à vontade do povo maranhense. Nós somos sujeitos do nosso destino e não meros espectadores.

São Luís, 16 de abril de 2009.

* Thalita Martins é Diretora de Extensão Universitária da UNE e Coordenadora Geral do DCE da UFMA.