terça-feira, 26 de maio de 2009

Manifestantes reivindicam mudança na exploração do petróleo


Comissão Parlamentar de Inquérito foi amplamente criticada por manifestantes.
Por Isabela Santos
Fotos: Isabela Santos

Representantes do sindicato dos petroleiros (Sindipetro-RN), CUT, UNE, Ubes e partidos políticos manifestaram-se contra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a empresa e se colocaram a favor de uma nova legislação para o setor. A movimentação foi na manhã desta terça-feira (26), em frente à sede da Petrobras em Natal.

O presidente do Sindipetro-RN, Márcio Dias, considerou a manifestação primeiramente “a favor da Petrobras”.

“O regime de exploração é por concessão, ou seja, tira do Estado o controle do petróleo; quando é explorado e extraído passa a ser da empresa que o encontrou”, explicou. “O petróleo não pode ser considerado uma mercadoria qualquer”, alegou a mudança no regime de concessão como motivo para reivindicar.

Quanto à CPI, Márcio Dantas e demais manifestantes a qualificam como “eleitoreira”. Para ele, a Petrobras deve ser investigada, sim, mas não por uma CPI. “Já existe fiscalização por Tribunal de Contas, órgãos ambientais e outros”, diz.

Para a deputada federal Fátima Bezerra (PT), a Comissão está sendo formada por “tucanos desesperados” que não têm projetos, nem rumos e “estão de olho em 2010”.



Em sua opinião, a iniciativa tem caráter eleitoreiro e visa impedir os avanços na legislação e regulamentação do pré-sal, além de ameaçar iniciativas de privatização da empresa.

“Na época dos tucanos a empresa valia R$ 54 bilhões, hoje vale R$ 300 bilhões. Está colocada entre as cinco maiores empresas do mundo”, lembra e se despede dizendo que levará o tema à Brasília ainda hoje.
Disponivel em :www.nominuto.com

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Duas táticas? Por : Jose Dircel



22/05/2009
Duas táticas?
Por: José Dirceu*

Numa disputa presidencial não se pode ter duas táticas. Não tem como construir uma candidatura, a de Dilma Rousseff e, ao mesmo tempo, começar a seguir outra tática, a do terceiro mandato do presidente Lula. O confortável da nossa situação é que a candidatura Dilma Rousseff, com o apoio do presidente Lula, do PT e de aliados, tem tudo para vencer as eleições. E reparem que eu tenho acertado em minhas previsões. Previ que antes do São João ela ultrapassará Aécio Neves nas pesquisas de intenção de voto. Ela já deve estar empatada com ele na espontânea, e tem toda as condições para alcançar José Serra antes do início de 2010, ano da eleição.

Um terceiro mandato depende de uma emenda constitucional, seja para aprovar o direito de o presidente Lula disputar mais um mandato, seja para convocar um plebiscito ou uma consulta popular. Em política, isso nunca deu certo. A não ser quando se tenha hegemonia e uma correlação de forças favoráveis, maioria segura no parlamento, apoio popular, poder de mobilização, e disposição de enfrentar a resistência que, seguramente, a oposição fará com apoio da mídia conservadora. A imprensa, inclusive, já levantou e tentou criar esse factóide como uma vacina para demonstrar antecipadamente sua disposição de impedir, a qualquer custo, toda iniciativa nesse sentido.

Outro ponto a ser levado em consideração é o momento que o país vive. Superamos a turbulência decorrente da crise internacional com medidas que, seguramente, dão ao Brasil condições de retomar o crescimento e a criação de empregos já no último trimestre deste ano, e de crescer mais de 3% no próximo. Nesse sentido, a nação necessita concentrar-se na superação da crise e o governo, na administração das demandas. No caso da administração federal, na implementação das obras do PAC, requerendo um esforço maior que exige governar com queda de arrecadação e do crescimento.

Assim, num momento como este, de consolidação da candidatura Dilma Rousseff no PT e no eleitorado, quando aumenta sua taxa de conhecimento (até agora só metade dos eleitores sabe que ela é a candidata do presidente) e quando os aliados começam a apoiá-la, não podemos, de forma alguma, conciliar – sequer permitir – que se comece um movimento por um terceiro mandato para o presidente Lula.

O presidente tem declarado para quem quiser ouvir que não aceita e não quer nenhum movimento a favor de sua continuidade no governo, o mesmo ocorrendo com o PT, cujo diretório nacional, inclusive, tomou uma decisão nesse sentido.

Mesmo que essas iniciativas pró-terceiro mandato não tenham apoio ou sustentação no Congresso Nacional, que sejam posições individuais de parlamentares de alguns partidos, sem apoio de suas direções e lideranças, não devemos subestimar o prejuízo que podem provocar à pré-candidatura de Dilma Rousseff e ao PT. É preciso pôr um fim e impedir o prosseguimento desse movimento enquanto é tempo, antes que comecemos a trilhar um caminho sem volta – o das duas táticas, esta sim uma rota segura para a derrota.



(*) José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil

sexta-feira, 22 de maio de 2009

PT amplia liderança partidária e Dilma já ultrapassa 20% de intenção de voto


PT amplia liderança partidária e Dilma já ultrapassa 20% de intenção de voto
Pesquisa do instituto Vox Populi realizada entre os dias 2 e 7 de maio mostra que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já tem entre 19% e 25% de intenção de votos para a Presidência da República, caso seja candidata em 2010.
O levantamento, que ouviu duas mil pessoas em todas as regiões do país, mostra ainda que o PT continua sendo o partido de maior preferência da população. O índice, que era de 25% em maio de 2008, saltou para 29% agora. Em seguida, vêm PMDB, com 8%; e PSDB, com 7%. O DEM, ex-PFL, tem apenas 1%.
Os números mostram que 59% dos entrevistados têm muita ou alguma simpatia pelo PT. Para 70%, o PT ajuda o Brasil a cerscer.
Encomendada pelo PT, a pesquisa mostra também um quadro de ampla aprovação popular ao governo Lula. A avaliação positiva do presidente (considerando os índices de ótimo, bom e regular positivo) chega a 87%. Para 60%, o Brasil melhorou nos últimos dois anos, enquanto 67% se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com o país.
O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, comemorou os resultados do levantamento.
“A pesquisa mostra um quadro muito positivo, pois o PT ampliou seu percentual de preferência partidária junto à população, com atributos positivos em vários aspectos. Nosso governo está com mais de 80% de aprovação. Isso mostra o acerto da condução partidária e das medidas de enfrentamento à crise mundial”, afirmou.
Berzoini também destacou a subida de Dilma na sondagem eleitoral. "O desempenho da Ministra Dilma é consistente, levando-se em conta que boa parte da população não a conhece e não sabe ainda que Lula e o PT a apóiam. Vamos apresentar um Programa com mais avanços e novas conquistas para as eleições de 2010, para trabalhar a ampla aprovação da maioria da população ao projeto em andamento no país"
Veja abaixo os principais números da pesquisa, que tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais:
BRASIL
67% estão satisfeitos ou muito satisfeitos, igual a maio de 2008
27% estão insatisfeitos; 5% muito insatisfeitos
Para 60%, Brasil melhorou nos últimos anos
Para 14%, piorou
Para 56%, vai melhorar nos próximos 2 anos
Para 13%, vai piorar
PARTIDOS
Preferência
PT tem 29% da preferência partidária; alta de 4 pontos em relação a 2008 e de 10 pontos sobre 2004.
PMDB tem 8%; PSDB tem 7%; e DEM tem 1%
Eleitores sem preferência: 49%, queda de 15 pontos em relação a 2004 (64%)
Rejeição
PT tem 8% de rejeição, estável em relação a 2008
PMDB tem 5%; PSDB tem 5%; e DEM tem 3%
67% não rejeitam nenhum partido, queda de 2 pontos em relação a 2008 (69%)
Imagem
Primeiro partido que vem à cabeça: PT, 35%; PMDB, 24%; PSDB, 14%.
AVALIAÇÃO DO PT
59% têm muita ou alguma simpatia pelo PT, aumento de 12 pontos sobre 2008
81% acham o PT forte ou muito forte, aumento de 5 pontos em relação a 2008
65% consideram positiva a atuação do PT na política, aumento de 5 pontos sobre 2008
Para 70%, o PT ajuda o Brasil a crescer, aumento de 5 pontos sobre 2008
Opiniões sobre o PT
É dinâmico e trabalhador: 75%, contra 69% em 2008
É moderno, com idéias novas: 75%, contra 69% em 2008
Deve ter candidato próprio à Presidência: 68%, contra 67% em 2008
GOVERNO LULA
Desempenho do presidente
Avaliação positiva: 87% (ótimo, bom e regular positivo), contra 84% em 2008
Avaliação negativa: 13% (ruim, péssimo e regular negativo), contra 15% em 2008
Melhores ações do governo
Programas sociais, 36%; política econômica, 19%; Educação, 8%; Habitação, 7%
ELEIÇÕES
Partido do próximo presidente
Para 34%, próximo presidente deve ser do PT
Projeto de país
Para 73%, próximo presidente deve continuar com todas ou com a maioria das atuais políticas, contra 68% em 2008.
Candidato apoiado por Lula
23% votam com certeza no candidato apoiado por Lula
41% pode votar, dependendo do candidato
10% não votam
22% não levam isso em consideração
INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE, 1º turno, estimulada
Cenário 1
Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Ciro, 23%; Dilma, 21%; Aécio, 18%; Heloísa, 10%; Branco/Nulo/NS, 18%
Cenário 2
Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Serra, 36%; Dilma, 19%; Ciro, 17%; Heloísa, 8%; Branco/Nulo/NS, 19%
Comparativo: Em relação a maio de 2008, Dilma subiu 10 pontos; Serra caiu 10 pontos; e Ciro caiu 6 pontos.
Cenário 3
Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Dilma, 25%; Aécio, 20%; Heloísa, 16%; Brancos/Nulos/NS, 40%
Cenário 4
Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Serra, 43%; Dilma, 22%; Heloísa, 11%; Branco/Nulo/NS, 24%
Cenário 5
Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB)
Serra, 48%; Dilma, 25%; Branco/Nulo/NS, 37%
Rejeição
Heloísa, 17%; Aécio, 13%; Serra, 12%; Dilma, 11%; Ciro, 9%.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O cara do cara


O cara do cara

Reportagem da Revista IstoÉ desta semana salienta porquê Gilberto Carvalho deve presidir o PT no ano que vem. Leia a matéria de Sérgio Pardellas:



O cara do cara



Ninguém chega a Lula sem passar por Gilberto Carvalho, o nome do presidente para comandar o PT



O chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, é hoje o principal nome para assumir o comando nacional do PT em novembro. Além do apoio de 80% dos quadros do partido, conta com a simpatia de ministros de peso, como Tarso Genro, da Justiça, e Dilma Rousseff , da Casa Civil, e também de personagens que ainda exercem forte influência, como o ex-ministro José Dirceu.



Embora Lula ainda não tenha batido o martelo, nas conversas dos líderes petistas com dirigentes de partidos aliados para discutir as alianças regionais para 2010, a eleição de Carvalho é dada como favas contadas.

A certeza é tanta que um dos argumentos dos petistas para vencer o ceticismo dos aliados, como PMDB, PSB e PCdoB, quanto ao êxito das negociações nos Estados, é que Carvalho, na condição de "voz do presidente Lula no PT", terá a habilidade necessária para vencer os obstáculos.



"Ele é praticamente uma unanimidade. Tem experiência política, militância e é um excelente articulador", define o ex-governador do Acre Jorge Viana (PT), presidente da Helibrás e que também chegou a ser cotado para suceder o atual presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP).



Ex-seminarista e dono de fala mansa, Gilbertinho ou Gil, como é conhecido pelos amigos mais íntimos, é um homem de estilo conciliador. Não por acaso, ele é tido no PT como um dos poucos a possuir a paciência indispensável para negociar com o emaranhado de tendências do partido. Mas sua fama de bom articulador transcende os limites petistas. Para adversários políticos, Carvalho é um interlocutor do governo que cumpre a palavra.



"A candidatura dele será bem recebida por todos nós"

Tarso Genro, ministro



"Ele sempre foi muito respeitoso comigo", atesta o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Autoridade também não lhe falta. Carvalho pertence ao seleto grupo de pessoas que entram no gabinete presidencial sem bater à porta e chamam o presidente de "Lula". Conquistou a confiança em quase 30 anos de amizade. "Pode-se dizer que ele é hoje o mais antigo e leal companheiro dos tempos da República do ABC que ainda permanece ao lado do presidente", diz o ex-assessor de imprensa do governo, jornalista Ricardo Kotscho.



Por isso, o chefe de gabinete é autorizado, mesmo quando Lula está em Brasília, a receber em audiências ministros, deputados, prefeitos e representantes comunitários. Quando querem mandar algum recado ao presidente, é a ele que procuram.



A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff , sabe da importância de Carvalho para o êxito de sua candidatura à Presidência em 2010. Tanto que defendeu o nome dele para presidente nacional do PT, na noite da terça-feira 14, em reunião fechada, na sede do partido, com a bancada petista de deputados federais. Segundo Dilma, Carvalho "é fundamental para construir a unidade partidária" para a primeira eleição presidencial da qual o PT participa sem que Lula seja candidato.



Há uma preocupação, tanto no PT quanto no governo, de que o partido entre numa guerra de foice e atrapalhe a candidatura de Dilma em vários Estados. Carvalho representa a certeza da unidade. Por exemplo, Tarso apoia o deputado José Eduardo Cardozo (SP), atual secretário-geral do PT, que se inscreveu para a sucessão de Berzoini. Integrante do grupo Mensagem ao Partido, segunda maior corrente petista, Genro admite, no entanto, fechar acordo em torno de uma chapa encabeçada por Carvalho.



"Ele é fundamental para construir a unidade partidária"

Dilma Rousseff, ministra



"A candidatura de Gilberto será bem recebida por todos nós", diz o ministro. A tendência Construindo um Novo Brasil também fez um abaixoassinado defendendo o nome do preferido de Lula. A única voz dissonante é a do secretário de relações internacionais do PT, Valter Pomar, que já disse que não abre mão de ser candidato.



Mas a corrente dele é minoritária. Outro trunfo de Carvalho é que sua eleição acalma os ânimos de dirigentes dos partidos aliados que ainda estão desconfiados das negociações para as candidaturas estaduais em 2010. Para eles, o próximo presidente do PT precisa ser o fiador da vontade de Lula. Só Carvalho se encaixa perfeitamente a este perfil. Em recente entrevista, ele disse que o PT precisa de "juízo" na hora de fechar as alianças. É tudo o que os aliados mais querem ouvir nesse momento.



Longe dos holofotes e mesmo sem cargo no PT, Carvalho já tem apagado incêndios no partido. Na disputa com o PMDB pelo comando do Senado, por exemplo, foi ele quem articulou o cessar-fogo, mesmo que provisório, entre o senador Tião Viana (PT-AC), o atual presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e o ministro das Relações Institucionais, José Múcio. O presidente Lula ainda não deu o sinal verde para o chefe de gabinete.



Primeiro porque tem Carvalho como braço direito. Além disso, por saber que o PT não é um partido fácil de lidar, o presidente tem dito que, para assumir o partido, é necessário que Carvalho tenha a mesma autoridade que ele exerce hoje como um de seus principais assessores. No PT, não resta dúvida. Em novembro, quando ocorrerão as eleições internas, Carvalho será o cara do cara na disputa. O aval do presidente Lula é apenas uma questão de tempo.



Na foto: VOZ DE LULA Entre os concorrentes no PT, só Carvalho tem a confiança dos partidos aliados para fechar alianças nos Estados em 2010

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Governo quer envolver estados e municípios em políticas para a juventude


Governo quer envolver estados e municípios em políticas para a juventude
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara realizou audiência pública na quarta-feira (13) para discutir "Políticas Públicas para a Juventude". A proposta de audiência foi encaminhada em conjunto pelos deputados Marco Maia (PT-RS), Reginaldo Lopes (PT-MG), autor do projeto de lei (PL nº 27/07) que propõe o Estatuto da Juventude, e pelo deputado Luiz Couto (PT-PB), que preside a CDH.

O representante da Secretaria Nacional de Juventude do Governo Federal, José Ricardo da Fonseca apresentou as ações do Governo para a constituição da Secretaria Nacional da Juventude, destacando a necessidade da institucionalização do debate se estender aos estados e municípios, a fim de que as políticas públicas propostas possam atingir diretamente os setores juvenis da sociedade.

"Temos que ter políticas massivas e universais para a juventude, afinal, estamos falando de mais de 50 milhões de pessoas, com características sociais, econômicas e culturais diversas. Para atingir todas estas 'juventudes', é preciso atuar nos diversos âmbitos da gestão pública.", comentou Fonseca. Ele citou, ainda, os quatro direitos fundamentais que guiam o Governo na sua ação política dirigida aos jovens: a busca da emancipação econômica, ou seja, o direito ao trabalho; assegurar tempo livre ou o direito ao ócio criativo; busca de garantias ao acesso aos bens culturais e tecnológicos; e evitar o preconceito à idade, chamada de opressão geracional.

Para o cientista político Guilherme Ortiz, a Câmara tem papel fundamental na mobilização dos gestores públicos municipais para a construção de políticas públicas para a juventude. Em sua apresentação, Ortiz citou o fato de que, em todo o Brasil, a criação de espaços institucionais voltados especificamente para a implementação de políticas públicas aconteceu somente em 77 dos 5.561 municípios, "o que comprova que a iniciativa de institucionalização do Governo Federal ainda não se propagou para o local onde os jovens vivem.", concluiu.

Ao final de sua apresentação, Ortiz apontou características que devem estar presentes quando da implantação de estruturas institucionais para que se possa ter sucesso nos resultados: integralidade, no sentido de apreender a problemática juvenil em todos os seus componentes; transversalidade, ou seja, envolver todos os atores políticos vinculados ao processo decisório das gestões das prefeituras, dentre outros.

O debate foi encerrado pelo deputado Marco Maia, que enalteceu a forma como o Governo Federal vem tratando o tema da juventude: "Além de criar uma secretaria específica para tratar da temática juvenil, o fez de forma transversal, isto é, os programas criados transitam em diversos ministérios como o da Educação, no caso do ProUni, ou dos Esportes, no caso do Bolsa Atleta.", comentou Maia.

Também interviram no debate o presidente do Conselho Nacional de Juventude, Davi Barros, e ativistas que assistiam a sessão.

Movimento LGBT faz manifestação no Congresso e pede apoio contra discriminação


Movimento LGBT faz manifestação no Congresso e pede apoio contra discriminação


O Congresso Nacional foi palco, ontem, de uma ampla mobilização em prol dos direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). Criminalização da homofobia, união civil entre pessoas do mesmo sexo e direito à livre orientação sexual foram os principais temas do IV Seminário LGBT que reuniu representantes do movimento de todas as regiões do País. No seminário, parlamentares, ativistas e pessoas ligadas às questões de direitos humanos reafirmaram a necessidade de que o Congresso entre em sintonia com os anseios do segmento e aprove as diversas propostas que tramitam nas duas Casas (Câmara e Senado) sobre o tema.

Autor de um projeto que prevê união civil entre pessoas do mesmo sexo, o deputado José Genoino (PT-SP), fez um resgate histórico da luta da comunidade LGBT no Brasil e no Congresso. De acordo com o parlamentar, o tema surgiu no parlamento na Constituinte de 1988, no entanto, foi suprimido pelo tabu do conservadorismo. Genoino falou dos direitos universais da pessoa humana e disse que o direito à livre orientação sexual precisa estar assegurado em lei.

“Este assunto sempre constou da pauta do Congresso. É bom lembrar que na Constituinte, quando o assunto não tinha chegado no Judiciário, na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e nem no Executivo, o tema foi objeto de emendas populares e propostas de emenda à Constituição. Nós que defendemos esta causa estamos tratando de um conceito universal dos seres humanos. O conceito de direito não pode gerar uma relação de dominação, de exclusão e de manipulação de seres humanos. Essa questão é polêmica, porque estamos tirando o véu da história de preconceito e violência que esconde a verdade da sexualidade. Por isso, necessitamos da força da lei”, defendeu Genoino. Ele associou o tabu em torno da questão da homossexualidade aos grandes momentos de obscurantismo da história da humanidade.

Invisibilidade –Maria Berenice Dias, representante do Instituto Brasileiro de Direito da Família, fez duras críticas à forma com a qual o Legislativo brasileiro trata a questão homossexual e disse que o judiciário já avançou bastante no assunto. “O legislativo brasileiro trata com absoluta invisibilidade e perversão esta questão. Já temos projetos nesta casa desde 1995, no entanto, não temos nenhuma lei aprovada. Com esta omissão do parlamento, o judiciário acaba avançando as suas prerrogativas e dando respostas à sociedade. A maior prova disso é que os processos que envolvem casos homossexuais são tratados nas varas de família”, afirmou.

Manifesto – Ao término do seminário, todos os participantes, acompanhados por diversos parlamentares, incluindo senadores, saíram em comitiva munidos da bandeira do movimento gay (arco-iris) do corredor das comissões (anexo IV da Câmara), passando pelo Salão Verde até a frente do Congresso. No local foram feitas fotos que deverão ser usadas em uma cartilha que trata sobre a questão da homofobia. Palavras de ordem como “nem mais nem menos, queremos direitos iguais” foram ditas ao longo da passeata. As mobilizações marcam as comemorações do Dia Mundial da Luta contra a Homofobia (17 de maio).

Mineiro cobra medidas permanentes para evitar alagamentos pela chuva


Mineiro cobra medidas permanentes para evitar alagamentos pela chuva
Fonte: O Jornal de Hoje
Diante das críticas acerca do atraso do governo federal na liberação de recursos para recuperar os estragos causados pelas enchentes no interior do estado, o deputado Fernando Mineiro (PT) classificou-as de "discussão miúda" e sugeriu que paralelamente às medidas emergenciais seja feita a gestão dos recursos hídricos como forma de garantir a solução permanente do problema, sem que anos após ano o intenso volume de chuvas cause destruição e deixe desabrigados. "Nós temos uma tradição e costume de tratar da indústria da seca e agora é da indústria da enchente", criticou.

O deputado afirmou ser necessário, sim, cobrar dos governos federal, estadual e municipal os recursos necessários para assistência dos desabrigados e recuperação de estradas, por exemplo. Porém, ele avalia que se não houver o enfrentamento do problema do ponto de vista estruturante, como a ordenação da ocupação e uso do solo ao longo das bacias hidrográficas, o problema não será resolvido. "Você nos jornais que no ano passado foram R$ 100 milhões em prejuízos, neste ano também e será sempre assim se não houver um debate sobre a essência do problema", opina. "Quantos barramentos, pequenos açudes, canais, diques são construídos clandestinamente que são responsáveis por alagamentos? Qual o impacto do processo de assoreamento do rio Piranhas-Açu? Como está o canal do Pataxó? É preciso identificar as questões estruturantes, verificar as matas ciliares, as construções irregulares ao longo das bacias hidrográficas e investir para além das questões emergenciais isso é problema de gestão dos recursos hídricos", avalia Mineiro.

O deputado estadual rebateu a oposição pelas críticas quanto ao atraso na liberação de recursos no ano passado e ao suposto descaso do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que sobrevoou os estados do Maranhão, do Piauí e do Ceará para verificar os estragos causados pelas enchentes, mas não veio ao RN. "Um terço do Maranhão está debaixo de água. É como se de Lajes para cá o RN estivesse alagado. Chuva não tem nada a ver com prestígio. É uma idiotice ficar com esse tipo de discussão, é uma coisa pequena usar a tragédia das pessoas como questão política", enfatizou.

Para Fernando Mineiro, as ações emergências devem ser colocadas em prática paralelamente à gestão de recursos hídricos para evitar a repetição do problema. "O que já se gastou com medidas emergenciais ao longo dos anos, se tivesse sido aplicado com os projetos estruturantes talvez já tivesse minimizado os problemas causados pelas chuvas", avalia.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Exploração do pré-sal inicia nova era da história do petróleo brasileiro, diz Lula


Exploração do pré-sal inicia nova era da história do petróleo brasileiro, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (4) que o início da exploração da camada pré-sal representa “uma nova era” na história do petróleo brasileiro, ao comentar sua visita ao Rio de Janeiro para o começo da exploração da Bacia de Tupi.



No programa semanal Café com o Presidente, ele lembrou que não se sabe ainda a quantidade de petróleo disponível em toda a área do pré-sal. Mas, o governo pretende fazer testes pelos próximos 15 meses e apenas depois desse período o petróleo será explorado com fins comerciais. Ele citou ainda a necessidade de regulamentação da Lei do Petróleo.



“Quando descobre petróleo na camada pré-sal, o Brasil tem chance de se transformar em um país com um potencial extraordinário e aí a gente pode resolver parte dos nosso problemas econômicos”, disse, ao se referir à descoberta da camada pré-sal como “uma quase segunda independência” brasileira.



Lula ressaltou que o país vai continuar a investir em biocombustíveis mesmo com a exploração da camada pré-sal, uma vez que é preciso renovar a matriz energética. Parte dos 400 milhões de hectares disponíveis para a agricultura, segundo o presidente, pode ser usada para o plantio de mamona, dendê, pinhão manso e girassol – alternativas para uma nova matriz energética.





“Acho extremamente importante a gente ter consciência de que, quanto mais petróleo, melhor, mas isso não significa que a gente vai deixar de investir no biodiesel e no etanol, porque são duas fontes energéticas extraordinárias para despoluir o planeta e para que a gente possa gerar milhões de empregos no país.”