Posted: 12 Apr 2016 09:10 AM PDT
Dilma cumprimenta a estudante de medicina do PROUNI da faculdade Santa Marcelina, Suzane da Silva, que sofreu ameaças racistas. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff, começou agora, no início da tarde desta terça-feira (12), a discursar no ato Educação pela Democracia, no Palácio do Planalto. No início de sua fala, Dilma disse que o Brasil não será o país do ódio, numa referência à escalada de tensão por conta da votação do processo de impeachment que ocorrerá domingo, na Câmara dos Deputados.“E que não se construa o ódio como uma forma de se fazer política no País. O ódio, a ameaça, a perseguição de pessoas”, afirmou.
A presidenta cumprimentou efusivamente a estudante de Medicina, Suzane da Silva, que sofreu ameaças racistas após publicar nas redes sociais que ‘A Casagrande pira quando a senzala estuda Medicina’. Suzane estuda graças a uma bolsa do ProUni.
Durante seu discurso no evento, a futura médica chamou atenção para o fato de os avanços deste governo pela inclusão na educação, terem permitido que ela sonhasse com um futuro diferente.
“Estou aqui como mulher, como negra, como periférica. Eu tinha tudo para ser uma excelente babá, faxineira ou empregada doméstica, estava marcado na minha história, era meio que determinado para mim. Mas eu tenho a oportunidade graças a essa nação educação educadora que lutou pelo ProUni, que lutou pelo Reuni, que lutou pelas políticas afirmativas, que lutou pelas cotas para negros”.
E isso foi reafirmado pela presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral. Ela lembrou que a realidade da universidade brasileira hoje é muito diferente.
“Passamos anos tentando ampliar a universidade. E foi nos últimos 10 anos que nós pudemos discutir um projeto de ampliação e valorização da universidade pública. Hoje existem negros podendo estudar na mesma sala de aula que a elite estudava. Hoje, o filho do pedreiro e da empregada doméstica podem entrar em uma universidade através do ProUni”.
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