quinta-feira, 28 de abril de 2016

Juventude debate democracia na Câmara Municipal de Natal




A juventude se fez presente na manhã de hoje (27) para debater na Câmara Municipal de Natal sobre o papel dos jovens frente ao atual cenário político do Brasil. O assunto foi discutido em audiência pública com o tema "Juventudes em Defesa da Democracia", promovida pela Frente Parlamentar em Defesa de Políticas Públicas de Juventude, que é coordenada pelo vereador Hugo Manso (PT).

"É papel da juventude trazer sua energia e movimento neste momento em que o país vive. Eles próprios destacam os programas do governo que incluíram e deram mais oportunidades aos jovens e o risco que se corre de perder essas conquistas com a forma como estão tentando retirar a presidente do poder. Essa discussão nos traz estímulo e energia para assegurar essas conquistas para as novas gerações", disse o vereador. Durante o debate foram mencionados programas como Ciências Sem Fronteiras, Minha Casa Minha Vida, a reestruturação das universidades públicas, programas de financiamento estudantil, ampliação da quantidade de institutos federais (IFRN), entre outros.

Para o Coordenador da União dos Estudantes do Brasil (UNE), Gabriel Medeiros, o sentimento dos estudantes dos movimentos sociais é de que a legitimidade da democracia está em jogo. "É a quebra da legitimidade democrática através de um golpe de estado, um golpe aos programas sociais e conquistas que tivemos. Termos certeza que todas essas conquistas e direitos nos serão retirados com o novo governo que vier", prevê o coordenador da UNE. Seguindo a orientação da Comissão Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Pastoral da Juventude, da Arquidiocese de Natal, também colaborou colaborou com o debate. O coordenador da entidade defendeu o diálogo para que os direitos conquistados e a democracia sejam mantidos. "É dialogar e debater de forma pacífica para a manutenção da democracia não num plano de governo, mas num plano de Brasil", destacou.

O Movimento Sem Terra (MST) também compareceu à audiência defendendo a juventude do campo como forma de enfrentar o inchamento e aumento da violência nas zonas urbanas. "Lutamos para permanecermos no campo, na terra, com mais acesso à educação, saúde e oportunidades. Quando isso não acontece, a juventude recorre à cidade onde faltam ainda mais essas oportunidades e muitas vezes o colocam na marginalidade da sociedade. A cidade incha e lhe são negados os acessos e direitos", reclamou a representante do coletivo de juventude do MST/RN,  Érica Rodrigues.




Texto: Cláudio Oliveira
Fotos: Marcelo Barroso

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