A raiva, doença infecciosa do sistema nervoso, é considerada sem cura e ainda presente no Rio Grande do Norte. De janeiro a outubro de 2015 o estado registrou 34 animais positivos para raiva, destes, quatro são cães. Número superior a 2014 quando apenas um cão foi diagnosticado com a doença, num total de 36 animais de outras espécies acometidos.
“O que nos preocupa é que pelo fato de o cachorro ser o animal que está mais próximo do homem, a população acaba ficando em um risco maior, já que a raiva é uma doença que leva à morte em aproximadamente 100% dos casos. Porém para cães e gatos a forma mais eficaz de prevenção da doença é a vacinação”, alertou Cintia Higashi, subcoordenadora de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) a raiva mata 55 mil pessoas por ano, especialmente em países da África e Ásia onde não existe vacinação em massa dos animais. A cada 10 minutos uma pessoa morre por esta doença no mundo, principalmente crianças, num total de 30 a 50% dos casos.
A Sesap alerta para que caso a pessoa tenha sido mordida ou arranhada por animais mamíferos, como cachorro, gato, raposa, morcego, macaco, ou mesmo animais de produção, como vacas, cavalos e porcos, procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência, para que um profissional de saúde avalie o tipo de atendimento necessário e o possível encaminhamento para uma unidade hospitalar.
No Rio Grande do Norte os hospitais de referência para o atendimento à população em casos de mordedura são o Giselda Trigueiro, Hospital do Seridó (Caicó), Hospital Dr. Cleodon Carlos de Andrade (Pau dos Ferros) e Hospital Tarcísio Maia (Mossoró).
Em caso de identificação de um animal suspeito de raiva é preciso entrar em contato com o Centro de Controle de Zoonoses ou com a Secretaria de Saúde do município de residência para que seja encaminhado material para o diagnóstico da doença. Quando é detectado um caso de raiva em animal, imediatamente a secretaria de saúde municipal, com o apoio da Sesap, deve providenciar ações para a prevenção e o controle da doença, como o chamado “bloqueio de foco” – que consiste em vacinar todos os animais da área de ocorrência do caso. Além disto, deve ser iniciado um processo de investigação na área para buscar e encaminhar as pessoas que tiveram contato com o animal para avaliação médica; promover orientação e educação em saúde para a população. Em alguns casos, se faz necessário o recolhimento dos animais de rua em função do risco de proliferação da doença, já que estes animais normalmente não são vacinados.
Nos cães os sinais da raiva são, principalmente: isolamento, perda de apetite, salivação abundante, fotofobia (sensibilidade à luz), mudança de comportamento e paralisia gradual, evoluindo para a morte em até 10 dias. Em muitos casos o animal torna-se extremante agressivo, podendo morder pessoas, animais ou mesmo objetos.
No Brasil, de 2006 até setembro de 2015, foram registrados 32 casos de raiva humana, sendo a maioria – 18 – transmitida pelo cão. O último caso de raiva humana no Rio Grande do Norte foi em 2010, transmitida pelo morcego.
Vacinação
“Mesmo sendo uma doença considerada 100% letal, a vacinação anual dos cães e gatos tem se mostrado ao longo do tempo muito eficiente. Esta medida é o ponto chave para a prevenção da raiva. Vacinar é uma medida de extrema importância para a proteção da saúde animal e, sobretudo da saúde humana”, frisou Cintia Higashi.
A Campanha antirrábica Canina e Felina 2015 teve início no dia 16 de novembro e prossegue até 15 de janeiro de 2016, com o Dia D de Mobilização da campanha acontecendo em 28 de novembro, quando os locais de vacinação estarão abertos das 8h às 17h. Devem ser levados todos os cães e gatos saudáveis, a partir dos dois meses de idade.
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap)
Redação ASCOM
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