segunda-feira, 2 de maio de 2016

Dilma diz que acusação contra si é ridícula e que impeachment é, na verdade, “eleição indireta”



“A minha luta não é só para manter meu mandato, é para garantir e preservar conquistas históricas da população brasileira”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff em seu discurso. Foto: Roberto Stuckert Filho
A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira (29), que se orgulha de ter ampliado os investimentos em programas sociais, como o próprio Mais Médicos. Ela criticou propostas que preveem redução dos investimentos em políticas públicas, como essa. E classificou como ridícula a acusação que sofre no processo de impeachment.
Qualquer um que proponha fazer ajuste fiscal reduzindo direitos da população está propondo um grande retrocesso. Muito pior ainda se ousar eliminar a vinculação obrigatória nos gastos em saúde previstos na emenda 29 da Constituição. Além de rasgar nossa lei maior, fere os direitos básicos do povo brasileiro”, garantiu a presidenta. “Este processo em curso se trata de uma eleição indireta coberta com o manto do impeachment.”
O alerta foi feito durante assinatura de Medida Provisória que permite a prorrogação da permanência de profissionais brasileiros formados no exterior e estrangeiros no Programa Mais Médicos, Segundo Dilma Rousseff, é obrigação de um presidente eleito pela população ampliar direitos básicos, como o acesso a educação e saúde.
Nós ampliamos, sim, os gastos em saúde. A emenda 29 da Constituição tem sido característica de todos os governos nos últimos anos”, explicou.
A presidenta questionou as tentativas de tirar seu mandato e comprometer os importantes avanços sociais conquistados nos últimos anos.
A minha luta não é só para manter meu mandato, é para garantir e preservar conquistas históricas da população brasileira, como é o Mais Médicos, como é o SUS. e para garantir que a democracia tenha um sentido substantivo. Eu tenho clareza que é muito importante que a gente perceba que conquistas sociais, programas de crescimento e ferimento à democracia estão sendo praticados neste momento no Brasil. Acredito que ter clareza disso é algo que nós devemos, para o presente e para o futuro, porque eu tenho certeza que a democracia será sempre o lado certo da história”.

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