quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Em audiência, servidores confirmam greve e cobram salários


A Câmara Municipal de Natal realizou na manhã de hoje (10) uma audiência pública, através de uma proposição da vereadora Amanda Gurgel (PSTU), para discutir os atrasos nos salários, as ameaças de aumento da jornada de trabalho e a deflagração de greve a partir de amanhã dos servidores municipais da capital. Na ocasião também foi abordado o cancelamento do Festival "Natal Tem Música", mas a proposta é que se convide o secretário de Cultura, Dácio Galvão, para outra audiência a fim de tratar este assunto.

"O prefeito anunciou uma série de medidas, mas existem incompatibilidades com o que fala e o que nos chega. Dos projetos para economizar gastos e aumentar a arrecadação que nos enviou, não vislumbramos qual será essa economia. Os servidores vieram aqui para esclarecer sobre os anúncios de parcelamento de salários, aumento da jornada de trabalho e outras medidas anunciadas", declarou Amanda Gurgel.

A presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (SINSENAT), Soraya Godeiro, disse que está confirmada a greve dos servidores a partir de amanhã. "Teremos greve devido o atraso dos salários, congelamento de salários e outras medidas que tendem a prejudicar os trabalhadores. Os salários de setembro só terminaram de pagar no dia 1º de novembro e os de outubro dizem que só vão começar a pagar amanhã", reclamou a sindicalista.

Na audiência, o secretário adjunto de gestão de pessoas da Secretaria Municipal de Administração (SEMAD), Geomarque Júnior, relatou sobre as dificuldades financeiras e quedas de receita e disse que não existe nenhum processo no âmbito da pasta tratando sobre aumento de carga horária de trabalho e nem parcelamento de salários. "O que há é o escalonamento. Os salários de setembro foram depositados até o dia 31 de outubro e a partir de amanhã receberão os servidores que recebem até R$ 2 mil, com chances de chegar até quem recebe R$ 3 mil líquidos. O restante vai depender do comportamento da receita", revelou.

O secretário também falou sobre os atrasos nos pagamentos dos estagiários dizendo que estes são administrados pela prefeitura e pelo IEL (Instituto Euvaldo Lodi) e passam por trâmites burocráticos, além das dificuldades financeiras, que levam aos atrasos. Além disso, declarou que a prioridade de pagamento é para os servidores. Já para os funcionários terceirizados, as definições dependem da suas respectivas secretarias, segundo o secretário.

Texto: Cláudio Oliveira
Fotos: Marcelo Barroso









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