terça-feira, 29 de março de 2016

Walfredo Gurgel busca certificação em alta complexidade para tratamento de queimados



O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), por meio do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) começou a trilhar o processo de qualificação em alta complexidade para o único serviço de referência para vítimas de queimaduras do estado. Da mesma idade que o Walfredo Gurgel (43 anos), o Centro ainda é o único serviço especializado na assistência a vítimas de ferimentos por altas temperaturas (seja por choques, líquidos aquecidos, inflamáveis ou abrasão).
         A cirurgiã plástica Ana Suzy explica que antes do processo de certificação ser aprovado, o hospital terá de passar por algumas adequações. Segundo ela, foi enviado um processo sobre as atuais condições e estrutura do setor para a assessoria jurídica da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). “Esses autos geraram um relatório que já está na auditória da Secretaria e que segue essa semana para o Ministério da Saúde (MS), em Brasília”, conta.
         O próximo passo será o agendamento da visita de um time de técnicos do MS para verificar in loco as informações constantes no relatório. Depois dessa visita, eles apontarão em quais áreas o setor terá de se adequar para conseguir a certificação. “Normalmente eles dão um prazo de seis meses”, diz a cirurgiã. Terminado o prazo, outra visita será agendada para verificar se todas as ações foram adotadas.
Ainda segundo Ana Suzy, mesmo ainda longe da visita técnica, algumas medidas para qualificação do CTQ já estão sendo adiantadas. No próximo dia 9, os técnicos, médicos e enfermeiros passarão por um treinamento de reciclagem em tratamento de feridas. Outra medida que vem sendo estudada é a inserção de um cirurgião plástico, em regime de plantão presencial de 12h.  
         Caso aprovada a certificação em alta complexidade, além de uma assistência ainda mais especializada, os pacientes que antes necessitavam de procedimentos mais complexos, não precisarão mais ser enviados para fora do RN para conseguir seu tratamento. A qualificação também repercutirá em um aumento no repasse financeiro para o setor. “Quando há essa certificação, há um aumento no valor cobrado por cada Autorização Hospitalar de Internação (AIH) e no valor de cada procedimento realizado”, explica Ana.
Outros pontos a favor do CTQ são: sua atual estrutura física que já está dentro do padrão exigido pelo MS e todos os protocolos de tratamento (por especialidade) que também já estão prontos.
A diretora geral do HMWG, Maria de Fátima Pereira Pinheiro, diz que “o paciente queimado, dependendo do grau da lesão, é um paciente de alta permanência. Então, quanto mais qualificado o cuidado, melhor assistido o paciente e mais rápida a sua recuperação. Será um grande avanço não só para o hospital, mas para a saúde do RN”.   

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