Moradores convivem com pragas e mau cheiro devido a um canal deixado sem cobertura
Paulo de Sousa // jpaulosousa.rn@dabr.com.br
Mosquitos, moscas, escorpiões, baratas e ratos. Tudo isso, segundo moradores da Travessa dos Transmissores, no bairro Nordeste, Zona Oeste de Natal, é causado por um córrego com esgoto a céu aberto que passa pela via. Essas pragas acabam invadindo as casas de quem mora no local, gerando vários transtornos e riscos para a saúde dos habitantes da localidade. Além disso, os próprios populares acabam jogando lixo na estrutura, gerando um mau cheiro que incomoda a todos ao redor. A Companhia de Águas e Esgoto do Rio Grande do Norte (Caern) promete verificar o problema.
Paulo de Sousa/DN/D.A Press. // Maria do Socorro e seu marido sofrem com o canal aberto em 2009.
O pedreiro Edmilson dos Santos afirma ter trabalhado na construção do córrego, numa obra da Caern, em meados de 2009, e desde então o problema se arrasta sem solução. "A obra terminou sem que fossem colocadas placas de laje cobrindo o córrego. Nunca nos explicaram o porquê". O pedreiro reclama ainda que populares chegam a jogar lixo na estrutura, contribuindo para a geração de pragas. "Somos nós que temosque fazer a limpeza do esgoto, se não a coisa piora ainda mais".
A dona de casa Rosicleide Ferreira, 33, mora em frente à estrutura e reclama dos riscos à saúde da família. "A gente sofre muito com o mau cheiro constante, mas o pior são os insetos e os ratos que entram em casa. Até aranha venenosa tem por aqui, correndo o risco de picar alguma criança minha, sem falar nos ratos doentes que entram e contaminam tudo". Ela ressalta ainda que, ao chover, a situação se agrava. "A água não escorre e temos que empurrar para dentro do esgoto".
A doméstica Maria do Socorro Faustino, 48 anos, tem sua casa com o quintal voltado para o córrego e também se diz incomodada com os insetos e os ratos. "Hoje (ontem) mesmo eu matei um escorpião aqui em casa. Mesmo eu tendo um armário de ferro, os ratos conseguem entrar e comer o que está dentro. Isso é horrível". Seu marido, o comerciante Jurandir Félix, se diz mais incomodado por pagar uma taxa de R$ 8,41 de esgoto na sua conta de água sem ver o problema ser solucionado. "Seido dever que tenho de pagar, mas queria isso resolvido".
Resposta da Caern
A assessoria de comunicação da Caern informou que uma equipe iria ao local ontem à tarde para verificar o problema e avaliar se é mesmo algo de responsabilidade da companhia.
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Fonte: DN On LINE
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