sábado, 11 de junho de 2011

À frente da SRI, ministra Ideli Salvatti diz que atuará com “bom senso e o coração”


Os ministros Ideli Salvatti e Luiz Sérgio, nesta sexta-feira (10/6), durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Trocamos de tarefa, mas não de responsabilidade, pois o governo é um só, definiu a ministra Ideli Salvatti sobre a permuta de Pastas entre ela e o ministro Luiz Sérgio de Oliveira. A partir de decisão divulgada nesta sexta-feira (10/6), Salvatti passa a gerir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e Luiz Sérgio o Ministério de Pesca e Aquicultura. O importante – continuou a ministra – é que o governo como um todo esteja alinhado, sempre em busca de um bom resultado para o país.

Luiz Sérgio, por sua vez, deixou claro que a decisão da presidenta Dilma Rousseff por “uma reforma é natural” e que não deixa mágoas nem rancor. Disse, ainda, que não há desarticulação entre a base governista, como sugeriram alguns jornalistas durante a entrevista coletiva, e que “praticamente todas as Medidas Provisórias essenciais ao governo foram aprovadas”, além de leis como a do salário mínimo.




A ministra Ideli Salvatti assumiu o compromisso de “corresponder à altura do convite extremamente honroso” e evocou os oito anos no Senado Federal como experiência na articulação e negociação junto ao Congresso Nacional. Salvatti anunciou ainda que fará parcerias com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e que “beberá na fonte de atuação de Luiz Sérgio”.

“Na tarefa das Relações Institucionais vou usar muito mais que os dois ouvidos. Vou usar os ouvidos, o coração, o bom senso, em busca de um bom resultado para o governo (…). Estou com muita tranquilidade, não sei se ‘Idelizinha paz e amor’, mas vai ser de ouvir muito, negociar muito e principalmente de fazer com que questões centrais do Brasil e do governo sejam aprovadas no Congresso”, frisou a ministra.

Perfis



Ideli Salvatti - Primeira mulher eleita ao Senado por Santa Catarina, assumiu o Ministério de Pesca e Aquicultura no governo da presidenta Dilma Rousseff. Em 2010, disputou o governo de Santa Catarina.

Nascida em São Paulo, Ideli é formada em física pela Universidade Federal do Paraná e tem dois filhos. Na capital paranaense, atuou nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) de 1973 a 1976. Ideli consolidou sua trajetória política em Joinville, no interior de Santa Catarina, onde foi morar na década de 70.

Uma das fundadoras do PT catarinense, foi professora da rede pública de ensino do estado entre 1983 e 1994, período em que militou no movimento sindical da categoria. Participou da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Santa Catarina. Em 1994, foi eleita deputada estadual e reeleita em 1998. Em 2002, concorreu ao Senado e foi eleita para mandato de oito anos. Defensora das ações do governo Lula, chegou à liderança do PT no Senado, em 2006, e líder do governo no Congresso, em 2009.



Luiz Sérgio - Metalúrgico, egresso da escola de formação profissional do estaleiro Verolme, foi sindicalista, militante de movimentos sociais, deputado federal e prefeito de Angra dos Reis (RJ). Filho de lavrador expulso de suas terras, em janeiro de 1970, começou sua vida profissional como operário de estaleiro. Iniciou sua militância social em 1979, atuando na Ação Católica Operária e nas Comunidades Eclesiais de Base, ambas ligadas aos movimentos sociais da Igreja Católica.

Nos anos 80, juntamente com o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, assinou a Carta de São Bernardo, um dos documentos fundamentais da criação do Partido dos Trabalhadores.

Ajudou a organizar a oposição sindical e venceu as eleições para o Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis em 1984. Três anos depois foi eleito presidente da entidade com 82% dos votos. Em 1988 é eleito vice-prefeito de Angra dos Reis, primeira prefeitura petista do Estado do Rio. Em 1992 é eleito prefeito de Angra dos Reis.

Luiz Sérgio foi líder da bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados. O parlamentar cumpriu três mandatos como deputado federal. Foi apontado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) como um dos parlamentares mais influentes e atuantes na Câmara dos Deputados. Nos últimos quatro anos teve média de presença de 96,9% em Plenário.

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