segunda-feira, 6 de junho de 2011

Brasil Novo Contra Micarla




Moradores do loteamento Brasil Novo, indignados com a administração da prefeita Micarla de Sousa, promoveram na manhã de sabado 28/05 um protesto para reivindicar uma série de melhorias estruturais na comunidade. O ato foi marcado por faixas, cartazes e a interrupção do trânsito na Avenida Moema Tinoco, uma das principais vias da Zona Norte.

Galhos secos e um carro de som atravessado na pista impediram a passagem de ônibus e automóveis das 7h às 9h. A polícia foi chamada, mas não interferiu. “Pedimos desculpas às pessoas pelo transtorno, mas não há como fazer uma fritada sem quebras os ovos”, disse o advogado Milton Correia, morador da comunidade, ele pegou o microfone e cobrou, em alto e bom som, uma resposta rápida da prefeitura. Entre as queixas, a principal se refere a uma extensa lagoa que se forma, sempre que chove, no meio da avenida, mais precisamente em frente a um cemitério.

O caminho, inclusive, é obrigatório para as ambulâncias que atendem a UPA do Pajuçara. “Este problema é crônico. Faz mais de três anos que somos obrigados a conviver com este absurdo. Já fomos tolerantes demais com o poder público. A prefeita não é uma borboleta, é uma lagarta de fogo”, esbravejou. Além dos buracos, dos alagamentos e dos riscos de acidentes na pista, a população também exige a solução para outros antigos problemas, como a falta de coleta de lixo (parada há três meses), o calçamento de ruas, a reabertura da creche e a falta de escolas infantis e de ensino médio.

O loteamento Brasil Novo fica no centro de outros bairros, como o Parque das Dunas, Jardim Brasil, Alto da Colina e Parque Floresta. Juntos, são aproximadamente 15 mil moradores. “Todos nós estamos sofrendo muito. Por onde você anda o mau cheiro é intenso. Há lixo em todas as esquinas, lama e muitos buracos. Estamos abandonados”, reclamou Jeferson Andrade.


“Queremos ser recebidos pela prefeita. Ela está fugindo da gente. Já tentamos várias audiências com ela, mas ela nunca pode nos ouvir”, afirmou Francisco Sidnei Marques, presidente comunitário. “Se ela não resolver os nossos problemas, vamos parar a Avenida João Medeiros Filho na hora do almoço”, ameaçou, se referindo a estrada da Redinha, certamente a mais movimentada da região.

“Eu acho certo. Compreendo e concordo. A prefeita tem que fazer alguma coisa por esta gente. Eu já quebrei o ônibus várias vezes passando por aqui. No meio da lagoa tem uma cratera que cabe um carro dentro”, manifestou-se o motorista Marcelo Dantas, da empresa Guanabara.

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