quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Unidade e defesa do PT marcam lançamento da candidatura Dutra


Unidade e defesa do PT marcam lançamento da candidatura Dutra

O ex-senador José Eduardo Dutra fez uma vigorosa defesa do PT e do governo Lula no ato de lançamento de sua candidatura à presidência nacional do partido, ocorrido na terça-feira (25) à noite no plenário Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília. Ele concorre pela chapa Partido que muda o Brasil.

“Por diversas vezes os profetas do apocalipse pregaram o fim do PT. Com as greves, diziam que o radicalismo ia acabar com o PT. Quando caiu o muro de Berlim, na década de 90, com a consolidação do projeto neoliberal, em 1994, quando fomos derrotados e, o que é mais impressionante, até quando ganhamos profetizaram o fim do PT. Diziam que o PT não teria a capacidade de governar o país”, disse Dutra.

Depois, completou: “Quando começaram a ver os resultados do governo, eles passaram a dizer que era sorte. Em setembro de 2008 soltaram foguetes (com a crise internacional): agora vai! Mas o Brasil foi o último a entrar e o primeiro a sair da crise”.

Dutra lembrou que os setores conservadores sempre tratam o PT com uma "alegria raivosa", citando uma expressão usada por Chico Buarque durante a crise de 2005. Disse que, naquela crise, PSDB, o DEM ficaram felizes por poder dizer que o PT era igual a eles.

“Mas o PT mostrou que não era igual a eles. Tivemos a ousadia de convocar os militantes e mais 300 mil compareceram e elegeram o presidente Berzoini. Temos problemas, mas temos a capacidade de apontar a esperança para o povo brasileiro”.

No fim do discurso, Dutra fez uma deferência especial a todos os presidentes do PT, de Lula a Berzoini, e disse que quer estar à altura deles.

Unidade

Participaram do ato, que lotou o plenário, dezenas de lideranças nacionais e regionais, entre ministros, governadores, prefeitos, deputados e senadores, além de dirigentes e militantes petistas de todo o país.

Também estiveram presentes três outros candidatos à presidência do PT: José Eduardo Cardozo, Iriny Lopes e Geraldo Magela. Eles afirmaram que estavam ali para mostrar o grau de unidade do partido, independentemente da disputa interna.

No discurso de abertura do ato, o presidente Ricardo Berzoini também destacou a presença dos candidatos como um fator de coesão.

“Isso mostra a coesão e a unidade partidária. Vamos passar por um processo de debate profundo e programático, mas também fraterno, porque todos compomos o partido que construiu o caminho para a mudança do Brasil”.

Orgulho petista

Todas as demais falas defenderam o PT das acusações sofridas nos últimos dias e destacaram a importância do partido no processo de mudanças pelo qual passa o país.

A senadora Ideli Salvatti levantou o plenário ao falar do “orgulho de ser petista” e de ajudar a construir um governo que está eliminando a miséria no Brasil.

“Para os envergonhados que saíram, quero dizer que tenho muito orgulho de ser do PT. Nada mais corrupto do que submeter a população à miséria. No governo Lula, na crise, enfrenta a pobreza. Temos orgulho da ética petista”, dissse.

Já o governador de Sergipe, Marcelo Deda, destacou que seus êxitos no comando do Estado não seriam possíveis sem o PT e sem a colaboração de aliados. Ele condenou a permanente campanha da mídia contra o partido.

“Nosso partido está unido. Os que nos acusam de aliancismo são os mesmos que nos acusavam de sectarismo. Os que nos acusam de senso de pragmatismo, nos acusavam de irresponsabilidade porque não nos somávamos ao projeto neoliberal. O ódio resulta porque a social-democracia vendeu a alma ao mercado. O ódio do DEM acontece porque o DEM não resiste a um exame de DNA. O melhor que podemos dizer dele é que é neto da Arena, sustentou a ditadura e governos patrimonialistas. Tenho orgulho de dizer que sou governador do PT”, disse Deda.

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