O racha no PMDB mossoroense está cada vez mais explícito. A crise dessa vez é encabeçada pelo suplente de vereador Arlindo Fulgêncio e a presidenta da comissão provisória do partido, Izabel Montenegro.
O motivo para a discórdia é o posicionamento que a sigla deve tomar em relação às eleições proporcionais. O suplente defende que o PMDB evite coligações com partidos que tenham vereadores em seus quadros. Segundo Fulgêncio, essa medida facilitaria eleição de novos nomes do PMDB. "Se um partido com vereador vier a se coligar conosco, nossos candidatos acabam servindo de esteira. Quem vai perder é o nosso partido", frisou.
Arlindo afirma que a decisão do PMDB em não se coligar com partidos que tem vereador é uma questão fechada com o aval do senador Garibaldi Filho, líder maior do PMDB no Estado e presidente do Congresso Nacional. "O senador apoiou a nossa decisão. A maior parte dos pré-candidatos é a favor dessa estratégia. Se Izabel e Daniel Gomes continuarem com essa tese eles vão acabar isolados dentro do partido", alfinetou.
Izabel disse que o senador só referendou a proposta de Arlindo Fulgêncio em meio a pressão que sofreu no último final de semana. "Garibaldi foi obrigado a aceitar a pressão dos pré-candidatos", declarou.
A vereadora defende uma aliança com o PTB, do vereador Benjamim Machado. A idéia é rechaçada por Arlindo Fulgêncio: "O que Benjamim vai trazer de contribuição para o PMDB? Nada. Ele vai se reeleger às custas dos nossos correligionários. Será que ele traz seis mil votos. O máximo que ele pode fazer é garantir mais um mandato com a nossa ajuda", afirmou.
A vereadora falou que é preciso repensar a estratégia para a proporcional diante da realidade com 21 cadeiras em disputa na Câmara de Mossoró. "Vamos realizar uma reunião para alertar que a realidade agora é outra", declarou a peemedebista que cancelou o encontro com pré-candidatos previsto para hoje na casa dela.
A parlamentar disse que só abrirá diálogo com o PR porque o partido tem a candidatura de Renato Fernandes a prefeito de Mossoró. "O PTB pode contribuir em nossa chapa e o PR só não vem porque tem candidatura própria", acrescentou.
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