Márcia e Wilma vão pedir ajuda do diretório A deputada estadual Márcia Maia (PSB) segue hoje para Brasília, onde já está a governadora Wilma de Faria (PSB), para participar da convenção nacional do PSB e expor à executiva nacional do partido o temor de que a congresso municipal, marcado para o dia 16 de junho, possa repetir os episódios de baderna e violência que aconteceram na reunião do diretório municipal do partido há duas semanas. Ontem, na Assembléia Legislativa, Márcia Maia disse que tem feito apelos aos filiados e detentores de mandato para que a votação transcorra em um clima de tranquilidade, mas que o partido está se preparando para conter qualquer tumulto, caso haja pessoas interessadas em acirrar os ânimos no dia da convenção municipal. Márcia Maia afirmou que tem pedido aos correligionários ‘‘amadurecimento político'' para o congresso, que decidirá, no voto, entre a coligação com PMDB e PT, com apoio a Fátima Bezerra (PT), ou o apoio à candidatura do deputado federal Rogério Marinho (PSB). ‘‘Esperamos que seja tranquilo, até por ser um dia de semana, o mais provável é que as pessoas vão ao local, depositem seu voto e retornem para seu trabalho. Mas estamos tomando todas as providências pela segurança, se necessário com policiamento, para garantir a ordem'', declarou. ‘‘O importante é que haja condições para que o partido decida democraticamente''. A parlamentar afastou a possibilidade de ingressar com alguma ação judicial para impedir que os cerca de 3 mil novos filiados, muitos deles ligados ao deputado Rogério Marinho, votem no congresso. Ela demonstra convicção de que, de acordo com o regimento do partido, os novos filiados não têm direito a voto. O documento emitido pelo diretório nacional do PSB e assinado pelo secretário-geral Carlos Siqueira, informando que os novos filiados podem votar na convenção, não é reconhecido como válido por Márcia Maia. ‘‘A certidão não tem valor jurídico porque não atende ao que está previsto no estatuto do PSB'', argumenta.
Márcia afirma que, de acordo com o estatuto, as filiações só valeriam para a convenção se tivessem sido apresentadas e homologadas pelo diretório municipal, independente de sua validade junto à justiça eleitoral. ‘‘Já tomamos as providências de comunicar oficialmente ao diretório nacional, ao presidente do PSB, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, que de acordo com o estatuto do partido e todas as consultas jurídicas que fizemos as cerca de 3 mil filiações novas não estão aptas para votar no congresso partidário. Amanhã teremos a oportunidade de conversar novamente com a executiva nacional e pedir seu apoio, seu empenho no diálogo através do campo político para que não haja baderna e tumulto na convenção'', relatou, destacando que o diretório nacional terá um papel fundamental no processo. Sobre a provável exoneração da secretária estadual de Educação, Ana Cristina Medeiros e do presidente da Datanorte, João Bastos, ambos indicados por Rogério Marinho, Márcia Maia disse que a decisão cabe unicamente à governadora. A deputada explicou que defende o pedido de demissão desses auxiliares não por perseguição política, como tem afirmado Rogério, mas por acreditar que para exercer os cargos os auxiliares devem ter ‘‘competência técnica e confiança política''. ‘‘Mas a governadora ainda não se pronunciou sobre isso. Caberá a ela decidir'', disse.
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