Ao participar do seminário "Motores do Desenvolvimento" com o tema Gestão da Produção do Petróleo e o Futuro do RN, no auditório da Federação das Indústrias do RN (Fiern) nesta quarta-feira, 18, a governadora Fátima Bezerra questionou o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre a permanência da Petrobras no RN e destacou a importância da companhia para a economia do Estado. Em resposta, o ministro disse que a Petrobras não vai atuar mais na exploração de petróleo em terra (onshore), mas manterá investimentos em áreas como pesquisa e produção offshore (marítima).
No seu discurso à plateia de empresários, investidores e acadêmicos a governadora disse que "falar sobre petróleo é falar sobre o presente e o futuro do RN. Nosso governo trabalha de parceria com o empresariado para fortalecer negócios, atrair novos investimentos, gerar oportunidades de trabalho, empregos e renda. Tudo isso como forma de dar mais qualidade de vida para a população e retirar o Estado da crise financeira e fiscal".
Fátima explicou que a administração estadual trabalha aliada ao empresariado para aperfeiçoamento dos negócios e na busca de novos investimentos, inclusive externos. "Nosso Governo cumpre a palavra, respeita contratos, promove a segurança jurídica, agiliza licenciamentos e até instalou câmaras setoriais para ouvir e dialogar com a indústria, o comércio, o setor mineral", afirmou.
INVESTIDORES ELOGIAM MEDIDAS DO GOVERNO
A política de desenvolvimento do Governo do RN foi elogiada pelo presidente da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo - ABPIP, Anabal Santos. Ele afirmou que o Estado assume posição de destaque no cenário nacional por que o Governo do RN preparou o Estado para os novos investimentos na área de petróleo e gás. "O Rio Grande do Norte deu exemplo ao Brasil. Um exemplo que é reconhecido e comentado pelos empresários de todo o país - a celeridade na liberação de licenças ambientais e a garantia de segurança jurídica", afirmou.
Anabal Santos disse que as iniciativas do Governo do RN criaram junto aos investidores interesse no Estado que já está recebendo novos investimentos como os da Petrorecôncavo e Redepetro. "Agradecemos ao Governo pelas ações tomadas que viabilizaram a nossa presença no Rio Grande do Norte". Ele acrescentou que "o RN é altamente atrativo para o empreendedor. O Estado está na vanguarda e oferece menos riscos. Aqui o Governo pensa assim: se é para o bem do Estado vamos nos unir", registrou.
O presidente da Federação das Indústrias do RN - FIERN, Amaro Sales concordou com Anabal Santos e afirmou que a administração estadual trabalha muito próximo ao empresariado para favorecer novos investimentos e o desenvolvimento. "Agora o RN tem grande oportunidade com os novos negócios nas áreas de petróleo e gás. E é muito bom que o Governo do Estado tenha tomado as medidas necessárias para dar agilidade à implantação dos novos empreendimentos que estão chegando e irão beneficiar a todos", afirmou o presidente da Fiern.
A cadeia da produção de petróleo e gás no RN gera atualmente 10 mil empregos formais no RN. O setor vive a expectativa de retomada na produção a partir de investimentos privados. Entre 2010 e 2018, as perdas na produção foram superiores a 30%, saindo de mais de 60 mil barris por dia para 40 mil barris/dia.
No início deste mês a Petrobras concluiu a venda, por 266 milhões de dólares, de 34 campos terrestres no Polo Riacho da Forquilha para a empresa Potiguar E&P, controlada pela Petrorecôncavo. Os campos negociados produzem, em média, 5,8 mil barris de óleo por dia.Em reunião com o Governo no mês de maio, a Petrorecôncavo garantiu investimentos de 150 milhões de dólares (aproximadamente R$ 600 milhões) nos próximos cinco anos.
A Petrobras também vendeu campos terrestres no Polo Macau, à 3R Petroleum e em Ponta do Mel/Redonda à Central Resources do Brasil, pelo valor de 200 milhões de dólares.
Em setembro, a Petrobras fez o leilão de 19 blocos exploratórios no RN, que foram adquiridos pelas empresas Petro-Victory, Phoenix, Geopark e Imetame.
Fotos: Sandro Menezes
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