Moradores disseram que ponto foi tomado por usuários de drogas. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press |
Na casa de João Maria, localizada na Rua da Gameleira, na Comunidade da África, eram realizadas atividades sociais como capoeira, dança, bordado e esportes, bem como eram oferecidos diversos cursos para especialização e qualificação de jovens entre 18 e 29 anos, membros de famílias com renda per capta de até meio salário mínimo. Agora, o local que foi deixado pela prefeitura, há pouco mais de um mês, já foi arrombado e vários usuários de droga se utilizam do quintal e dos becos laterais do prédio.
De acordo com Laurindo, já foram removidas da escola todas as carteiras, quadros e materiais que pertenciam a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas) e a chave da casa ainda não foi devolvida. "Fica difícil coibir a ação dos vândalos se não temos a chave em nossas mãos. Sem contar que muita coisa está deteriorada", afirma.
Entrando na parte posterior da casa através da porta arrombada, onde fica o quintal, era possível ver a piscina quebrada e portas com tentativa de arrombamento, sem contar que já era possível perceber o processo de pilhagem. "Queremos todos os aluguéis em atraso pagos com urgência e a chave em nossas mãos com a casa devidamente restaurada. Na verdade, o que nós queríamos mesmo era que o Projovem Trabalhador não saísse da casa, pois são mais de 100 pessoas beneficiadas", afirma Laurindo.
O local que antes dava lugar a regeneração social de jovens da Comunidade da África começou a servir de abrigo para que a criminalidade seja disseminada pelo bairro. A dona Francimar Pereira, de 42 anos, tem um filho de 18 anos que participava do projeto. Hoje, sem essa possibilidade, o garoto está ocioso e sente falta do projeto. "O que ele tem para usufruir aqui na comunidade é só violência", disse a mãe.
Fonte : Diário de Natal Cidades
Edição de terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
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