terça-feira, 15 de junho de 2021
CONTROLE Caern faz análises periódicas para garantir qualidade da água distribuída
Redação - ACS Caern
A Caern fez, durante o ano de 2020, cerca de 24 mil análises na água de redes de distribuição em todo o Rio Grande do Norte. Dessas, 7,5 mil foram em Natal, distribuídos em 232 pontos de coleta, sempre dando prioridade a locais de maior concentração populacional, conforme orienta a legislação de potabilidade. Esse quantitativo está voltado para atender ao que recomenda a legislação e verificam os parâmetros de cloro residual livre, pH, turbidez, cor, coliformes totais e E. coli.
Fazer esse trabalho foi um desafio em 2020, em razão da pandemia da Covid-19. “A gente teve que lidar com muitos casos de recusa de acesso a pontos de coleta, como também estabelecimentos fechados durante esse período”, comenta o biólogo Ederson Nunes, chefe da Unidade do Laboratório Central de Águas da Caern. Essa situação, no entanto, está numa tendência de melhora e no início de 2021 já houve um aumento de 30% nas coletas.
Além das análises nas regionais, também são feitas verificações semestrais no Laboratório Central da Caern. No ano passado, foram enviadas 2.665 amostras de água para análise – em períodos normais antes da pandemia, essa quantidade passava dos 3.500. São analisados outros parâmetros como alcalinidade, condutividade, sólidos totais dissolvidos, cloreto, dureza, nitrato, nitrito, potássio, sódio, sulfato e ferro. No caso dos mananciais de superfície, também é feito o estudo hidrobiológico, com a identificação e contagem de cianobactérias e as cianotoxinas.
SAÚDE
O controle da qualidade da água potável distribuída à população é normatizado pela Portaria 888/2021, do Ministério da Saúde, que define os critérios a serem seguidos. Segundo Ederson Nunes, a portaria é resultado de discussões entre órgãos e entidades ligadas ao meio ambiente, alterando assim a Portaria de Consolidação nº 5/2017, Anexo XX, do Ministério da Saúde. As mudanças foram feitas em maio.
“Alguns parâmetros físico-químicos entraram e outros saíram da portaria. Alguns foram mudados na sua frequência, outros no VMP (Valor Máximo Permitido), tudo para melhorar o controle da qualidade”, salienta Ederson, acrescentando que o debate ainda está ocorrendo, dentro da Câmara Técnica de Controle de Qualidade da AESBE junto à Agência Nacional de Águas (ANA);
ETEs
Outro instrumento de controle da qualidade da água que a Caern utiliza é o piezômetro. Esses equipamentos são poços perfurados ao redor das estações de tratamento de esgoto para serem “sentinelas”, verificando a influência ou interferência do efluente da ETE no aquífero.
São feitas análises periódicas do material coletado nesses poços – com frequência mensal, bimestral, trimestral ou semestral, dependendo do tamanho da ETE e de sua influência. Esse controle é determinado pelo órgão ambiental do Estado, o Idema. Até 2020, era a Caern que fazia as análises, mas este ano a companhia celebrou contrato com o Senai para esse trabalho. Isso foi necessário por causa do incremento de mais parâmetros a serem monitorados, permitindo, assim, maior controle e cuidado com o lençol freático, sempre com o objetivo de preservar os recursos hídricos do Estado.
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