anos. A mesma opinião é a do médico Roberto Leitão, de 28 anos, que veio de João Pessoa (PB). Ele começou a trabalhar no Centro de Saúde do Jardim Lisa, onde há apenas dois médicos para 6,1 mil habitantes. “A unidade ainda vai passar por reforma, mas é bem superior a que eu conhecia.” Ontem, os três profissionais do programa Mais Médicos conheceram as unidades onde vão trabalhar em Campinas, mas não atenderam pacientes - o que deve ocorrer a partir de segunda-feira. São áreas periféricas da cidade, com alta demanda de atendimento, equipes ainda incompletas e localizadas em bairros com problemas de tráfico e violência.
Porto, que se formou em Medicina em julho deste ano, veio de Fortaleza. Ele passou o primeirodia de trabalho no Centro de Saúde da Vila Boa Vista, periferia de Campinas, sem vestir o jaleco. “O primeiro dia foi para conhecer as equipes, os dados do distrito, os procedimentos aqui do centro”, conta.
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“O problema aqui é que falta médico. Viemos trazer meu cunhado que machucou o pé e disseram que não havia médicos para atender o caso dele. Pediram para irmos a um pronto socorro ou um hospital”, conta a dona de casa Neusa Nascimento, de 60 anos. “Um médico a mais é bom, mas não resolve o problema.”
No CS Boa Vista há oito médicos ao todo, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. “No meu Estado cheguei a fazer atendimento em casas de barro. Faltam equipamentos, remédios”, afirma Porto. “Acho que o maior problema para se contratar médicos na rede pública não é o salário, é a falta de uma carreira de Estado, auxílio para a família e para o profissional”, o médico cearense.
Fonte: Tribuna do Norte.
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