Moradores da avenida Comunidade em Ação, no conjunto Brasil Novo, voltam a sofrer com a falta de sintonia entre órgãos públicos. Há anos, o logradouro oferece perigo para os residentes, que vivem em meio à falta de saneamento básico e o entupimento das galerias fluviais. Mas, nos últimos sete meses, a situação agravou com a falta de manutenção da Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana), que fazia a limpeza das galerias uma vez por mês. Uma máquina que ajuda na abertura de buracos no asfalto teria quebrado, o que impossibilitaria qualquer intervenção. O ‘rompedor’ pertence à Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi).
Na manhã deste sábado (13), a equipe de O Jornal de Hoje esteve na avenida e constatou a revolta da população. Relatos sobre ‘epidemias’ de muriçocas, eletrodomésticos perdidos, após alagamentos em dias de chuva, e perda de mais de 50% na clientela de pequenos comerciantes demonstram a extensão do problema. A via está, oficialmente, interditada com placas sinalizadoras. O perigo de acidentes é visível, o que, segundo o vice-presidente do Conselho Comunitário, Jeferson Andrade, aconteceu em várias ocasiões.
“Semana passada mesmo um homem caiu com a moto num buraco desses. E todo dia tem confusão no trânsito daqui, porque as pessoas, mesmo com a proibição de passar, tiraram as placas e passam do mesmo jeito. Vejo a hora ter uma tragédia, durante um bate boca”. Jeferson informa que a areia espalhada pela avenida, as bocas de lobo entupidas e os buracos abertos em meio à via fizeram com que os ônibus desviassem a rota. “Faz sete meses que não passa ônibus aqui. Para pegarmos um, temos que andar até o outro lado, que é longe”.
“Semana passada mesmo um homem caiu com a moto num buraco desses. E todo dia tem confusão no trânsito daqui, porque as pessoas, mesmo com a proibição de passar, tiraram as placas e passam do mesmo jeito. Vejo a hora ter uma tragédia, durante um bate boca”. Jeferson informa que a areia espalhada pela avenida, as bocas de lobo entupidas e os buracos abertos em meio à via fizeram com que os ônibus desviassem a rota. “Faz sete meses que não passa ônibus aqui. Para pegarmos um, temos que andar até o outro lado, que é longe”.
Aldenira Bezerra da Silva mora há um ano na avenida Comunidade em Ação. Dona de um estabelecimento adquirido de outra pessoa que fugiu do abandono do endereço, ela reclama da falta de definição dos órgãos competentes. “Nem ventilador dá conta de tanta muriçoca. Eu já comprei a loja de uma mulher que vendia roupa, mas que não agüentava mais tanta sujeira. Aqui nem ambulância entra e cadeirantes, que tem muito, sofrem que dá pena”. Segundo a mulher, um rapaz quebrou um dedo do pé, ao cair em uma vala aberta.
Vizinho a Aldenira, João Maria Marques Pereira construiu uma soleira para impedir a água de entrar em seu ponto de reparo de aparelhos eletrônicos. Ele garante que o movimento caiu pela metade, desde que as galerias pararam de serem limpas com a freqüência necessária. “Só na frente de meu comércio caíram quatro motoqueiros. Tem mais de ano que aguardamos a obra completa, mas não tem jeito”. Gritos entre motoristas sobre quem dará a vez para o outro passar são diárias, segundo João Maria.
Outra comerciante a soltar a voz contra o poder público é Sônia Maria da Silva de Carvalho. Com o carnê do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) em mãos, são 11 anos de sofrimento. “No Brasil Novo sempre teve problema, mas de sete meses para cá, tudo piorou. O pessoal está com raiva e já quebrou as placas. Agora dizem que vão jogar a areia de volta nos buracos para poder passar carro nos dois sentidos. O povo da Urbana pede pelo amor de Deus que ninguém faça isso, mas e o jeito?”.
Três garis estavam na avenida, no instante da reportagem. A frase proferida por um deles, que pediu anonimato, é emblemática: “Estamos aqui enchendo lingüiça”. A limpeza das bocas de lobo e dos poços de visita foram interrompidas há duas semanas. “Nós compramos até nossas luvas, que faz parte do EPI”, sigla para Equipamentos de Proteção Individual, cujo fornecimento deve ser feito pela Urbana. “Estamos aqui mais para darmos satisfação aos moradores”.
Três garis estavam na avenida, no instante da reportagem. A frase proferida por um deles, que pediu anonimato, é emblemática: “Estamos aqui enchendo lingüiça”. A limpeza das bocas de lobo e dos poços de visita foram interrompidas há duas semanas. “Nós compramos até nossas luvas, que faz parte do EPI”, sigla para Equipamentos de Proteção Individual, cujo fornecimento deve ser feito pela Urbana. “Estamos aqui mais para darmos satisfação aos moradores”.
A solução chegará na próxima semana. Pelo menos é o que garante Josivan Cardoso Moreno, diretor de planejamento e gestão ambiental da Urbana. “A Semopi diz que já foi feita a contratação da empresa que vai iniciar o trabalho de abertura do asfalto. Já está tudo encaminhado. Agora vamos organizar a ação para retirarmos o asfalto central e coletar a areia e qualquer resíduo sólido que está entupindo as galerias”. Através de uma licitação emergencial, a máquina quebrada será substituída por uma nova.
Para o secretário Rogério Mariz, a ‘herança maldita’ causou perda de tempo e dinheiro para a Prefeitura. “Existe uma laje em cima da galeria e ela só pode ser rompida com a máquina. Mas terça-feira que vem, começaremos o serviço, que vai também recuperar toda a drenagem da avenida. A Semopi ficou com um caminhão parado porque essa galeria não foi aberta. A cidade cheia de problemas e o pessoal de mãos atadas”. Um projeto para efetivar o esgotamento sanitário do conjunto Brasil Novo está no Ministério das Cidades, na luta para ser contemplado no Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal. Ainda neste mês, sairá o resultado com as obras a serem realizadas
FONTE JORNAL DE HOJE 13 E 14 DE ABRIL 2013
FONTE JORNAL DE HOJE 13 E 14 DE ABRIL 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário