quinta-feira, 16 de abril de 2009

Uma borboleta sem rumo

Retomo o fio da meada exatamente onde parei, no último dia 5, antes de umas férias curtas mas absolutamente essenciais.

Falava de Micarla de Souza, eleita para administrar Natal pelos próximos quatro anos.

Nos 100 primeiros dias de governo, a chamada borboleta voou em ziguezague e foi uma grande decepção.

Não cumpriu sequer uma promessa de campanha, não apresentou um programa administrativo, não ensaiou qualquer projeto e nem demonstrou ter alguma ideia para a capital do Rio Grande do Norte.

O choque de gestão administrativa, por exemplo, anunciado com estardalhaço antes e depois da sua posse, serviu apenas para ressuscitar o ex-deputado João Faustino.

A revolução na saúde que ela prometeu limitou-se a uma troca de nome de um hospital já construído e a acusações e denúncias contra a administração anterior.


Aos professores, a quem acenou dezenas de vezes com melhorias substanciais, a prefeita sequer estendeu a mão quando eles entraram em greve por salários decentes e trabalho idem.

A economia de dinheiro público não passou de uma falácia - todos os cargos comissionados foram mantidos e apesar da crise, e das reiteradas manifestações de pobreza, a prefeita encontrou brechas para redecorar a toque de ouro o seu gabinete de trabalho e liberar a toque de caixa R$ 15 milhões para o trade turístico divulgar a cidade sabe-se lá onde e como.

É uma decepção, repito, o governo de Micarla de Souza.

Mas é uma decepção anunciada, esperada, aguardada.

Quem votou na borboleta, sabia que o seu voo seria doméstico.(http://www.nominuto.com/blog/brasilia-urgente/)

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