quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
PT, 30 anos militante pelo Brasil
O Partido dos Trabalhadores comemora hoje, 10 de fevereiro, o seu 30º aniversário de fundação, motivo de festa para milhões de brasileiros, entre filiados, militantes, simpatizantes e eleitores, que acreditam, apoiam e constroem um partido que se destaca no cenário político brasileiros na defesa das lutas sociais e populares mais importantes da nossa história recente.
Vários atos, manifestações e festas serão promovidas por diretórios estaduais e municipais pelo país afora e até mesmo no exterior.
As festividades oficiais de comemoração a tão importante data serão realizadas durante a realização do IV Congresso Nacional do PT que ocorrerá nos dias 18, 19 e 20 deste mês, em Brasília. Durante o Congresso, 1.350 delegados eleitos no último PED estarão reunidos para preparar o partido para mais um grande desafio: vencer as eleições de 2010 e dar continuidade ao projeto político iniciado pelo nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em artigo publicado nesta quarta-feira, o presidente eleito do PT,José Eduardo Dutra, e o presidente Ricardo Berzoini que deixa o cargo após quatro anos de gestão, exaltam a participação histórica do PT no processo de democratização do país e na construção de um Brasil melhor e mais justo para todos os brasileiros.
"Celebramos um partido democrático, popular e socialista que soube unir setores diferentes da esquerda democrática ", afirmam no texto.
Leia a íntegra do artigo:
PT, 30 ANOS MILITANTE PELO BRASIL
O PT completa hoje 30 anos. No dia 10 de fevereiro de 1980, gente das mais diferentes origens reuniu-se no colégio Sion, em São Paulo, para tomar a decisão que mudou a história política do Brasil. O PT na origem era um pequeno partido, com uma imensa vontade de crescer. O PT de hoje governa o Brasil, cinco Estados e mais de 500 prefeituras. Homenageamos todos os que tiveram a coragem de tomar essa decisão. Especialmente os que pagaram com a vida a determinação de lutar.
Três décadas construindo a democracia no Brasil, trajetória construída paulatinamente e marcada por luta pelos direitos sociais, defesa dos interesses nacionais, do desenvolvimento nacional e da integração latino-americana. No 30º aniversário, celebramos um partido democrático, popular e socialista que soube unir setores diferentes da esquerda democrática num projeto transformador da sociedade brasileira.
A ousadia de fundar um Partido dos Trabalhadores ocorreu num momento em que o sistema político bipartidário da ditadura estava esgotado, quando as lutas sociais, clamando por mudanças, exigiam novas opções partidárias. Sofremos críticas sobre supostas divisões no campo democrático, mas o tempo encarregou-se de confirmar a importância histórica do projeto do PT. Um partido que nasceu com um projeto de uma nova democracia política, oriundo das lutas sindicais e populares para construir um país justo e democrático, defensor de nossa soberania, de nossas riquezas e do interesse público.
A militância superou os desafios da montagem da estrutura do partido, enfrentando a legislação draconiana do governo militar. O partido cresceu de maneira orgânica e amadureceu até chegar à compreensão plena da importância estratégica das alianças, decisivas para quem quer realizar um projeto transformador.
Em sua trajetória histórica, como ente coletivo, o PT refletiu e mudou, mas nunca mudou de lado, como mostram as conquistas do governo Lula. Temos hoje 1 milhão e 300 mil filiados que acreditam no projeto e militam para que ele prossiga.
Um traço dessa história militante do PT é a capacidade de apontar para o partido e para a sociedade objetivos ousados, porém plausíveis. O crescimento do PT resultou de sua capacidade de construir suas teses a partir das lutas reais do povo. Como na Constituinte de 1987, uma pequena bancada de 16 deputados e nenhum senador se agigantou apoiada na mobilização popular.
Ao longo de sua trajetória, o PT soube usar essa característica para, com seus militantes, mobilizar e conquistar. Empunhamos bandeiras históricas, como a da luta pela terra, pela saúde, pela educação, pelo emprego, pelos direitos humanos, pela integração continental, pela defesa das minorias e contra a discriminação. Assim, superamos o dilema de ser partido de massas ou de quadros e nos fortalecemos como canal de representação e de participação de milhões de brasileiros.
Trinta anos de ampliação dos espaços de cidadania, rompendo com modelos populistas e com as fórmulas prontas -algumas importadas- para os problemas nacionais. Reinventamos o funcionamento do partido com as cotas de mulheres nas direções, os setoriais temáticos e as eleições diretas partidárias, o PED. O PT sempre valorizou o conceito de militância, grande insumo de nossa renovação.
Dessa forma avançamos, chegamos às prefeituras e aos governos estaduais, ampliamos as bancadas parlamentares e as bases sociais, até a vitória histórica de Lula em 2002. As grandes bandeiras de nossa luta foram materializadas no governo Lula, que colocou o Brasil no rumo da redução acelerada das desigualdades sociais e regionais, ampliando a renda interna, gerando um mercado de massas, criando empregos e políticas públicas transformadoras, arquivando a teoria do Estado mínimo, que tantos males causou ao Brasil.
O governo do PT mudou a imagem do país, levando-o a um novo patamar no cenário mundial. Lula é referência internacional.
Nossos militantes, com os partidos aliados, preparam-se agora para construir um programa que garanta as mudanças implementadas pelo governo Lula, aprovadas por mais de 80% da população, e apresente novas metas ao povo brasileiro. Desejamos consolidar o projeto democrático popular colocado em prática pelo governo Lula, mas aprofundando e acelerando os avanços conquistados.
Aos 30 anos, o PT olha para sua história com o orgulho de quem ajudou a construir a democracia e hoje lidera o governo mais popular da história do Brasil. Mas olhamos para a frente com a humildade de quem sabe que na política cada desafio vencido abre dezenas de novas responsabilidades.
Viva o PT!
José Eduardo Dutra é geólogo, ex-senador da República (PT-SE), ex-presidente da Petrobras, é o novo presidente do PT.
Ricardo Berzoini, 50, bancário e deputado federal (PT-SP), conclui hoje seu mandato de presidente do PT
Artigo publicado na coluna Tendências / Debates do jornal Folha de São Paulo, edição de 10/02/2010.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Encontro da JPT: Dilma exalta participação da juventude nas lutas por país democrático
A ministra Dilma Rousseff participou na tarde deste domingo do Encontro Nacional da Juventude do PT, convocado para discutir as diretrizes do programa de governo do partido para as eleições 2010 voltadas para os jovens brasileiros.
Dilma começou a sua fala puxando o coro: “Juventude petista, de esquerda e socialista”, juntamente com os mais de 500 participantes do ato, entre delegados eleitos em plenárias realizadas em todo o país e militantes petistas. O presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo também participaram do ato.
“A juventude sempre construiu o Partido dos Trabalhadores e participou de todas as lutas pela construção da democracia em nosso país. Agora, estamos aqui discutindo o futuro do Brasil sabendo dos grandes desafios que nos aguardam”, afirmou Dilma.
A ministra fez uma avaliação positiva dos benefícios acarretados para os jovens por meio da implantação dos diversos programas do governo nas áreas sociais, principalmente na educação, mas alertou que muito ainda precisa ser feito pelo país para que a meta de garantir oportunidades iguais para todos seja finalmente alcançada.
“O Brasil hoje é considerado como quinta potência mundial, mas nós só seremos a quinta potência mundial quando realmente todos os 190 milhões de habitantes tiverem acesso a educação, saúde e segurança de qualidade”, disse. Dilma lembrou ainda aos presentes a grande diferença entre o governo atual e os demais: "Nos últimos 50 anos, nós do PT fomos grandes governantes pelo fato de que distribuímos renda. Essa é a diferença entre nós e outros governos", ressaltou.
Dilma também fez uma comparação entre a sua geração e a atual. “A minha geração lutou pela democratização do país em um momento de escuridão e tortura, a juventude atual é a da esperança, que transforma o sonho das mudanças em realidade”, enfatizou.
A ministra convocou a juventude petista a não medir esforços para defender os avanços conquistados no governo Lula. “Esta juventude deve lutar para assegurar que não haja retrocesso e não deixar retornar a política privatista que ameaçou a existência até mesmo da nossa Petrobras. Isso mexe com a vida, com o coração e com a nossa determinação de manter as conquistas e avançar nas mudanças. Por isso esperamos contar com a força desta juventude para manter o projeto do presidente Lula”, afirmou.
“Vejo a garra e a capacidade de luta desta juventude que vai levar novamente o PT e os partidos que farão parte das alianças para mais uma grande vitória”, finalizou Dilma, sob o coro de “Lula, guerreiro do povo brasileiro!”
Durante entrevista coletiva no ENJPT, a ministra rebateu as críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso feitas em artigo publicado neste domingo no Estadão.
Segundo ela, a população brasileira saberá distinguir entre o que foi feito na gestão FHC e no governo Lula. "Comparar não é ficar olhando para o retrovisor, pelo contrário. Comparar é discutir que caminho eu vou seguir, para que lado que eu vou. O povo tem que discutir porque é importante saber se nós vamos fazer obras de saneamento ou não. Comparar é discutir o que se fazia de obras de saneamento antes de 2003. Era pouquíssimo", respondeu.
Foto: Paulino Menezes
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Sensus confirma crescimento de Dilma e mostra empate técnico na 1ª posição
Pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira (1º) mostra que a ministra petista Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República, continua subindo nas pesquisas de intenção de voto e já divide a liderança com o tucano José Serra, que praticamente estagnou em relação aos últimos levantamentos.
No cenário com Ciro Gomes (PSB) na disputa, Dilma obtém 27,8% e está tecnicamente empatada com Serra, que aparece com 33,2%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Na comparação com a pesquisa feita em novembro pelo mesmo instituto, Dilma cresceu seis pontos e Serra apenas 1,5. Quem mais perdeu, entre um e outro levantamento, foi Ciro Gomes, que caiu de 17,5% em novembro para 11,9% agora. Já Marina Silva (PV) subiu de 5,9% para 6,8%. Brancos e nulos somam 20,4%.
Pela primeira vez, Dilma também aparece tecnicamente empatada com o governador de São Paulo na pesquisa espontânea (sem a lista de candidatos apresentada aos eleitores). Dilma recebeu 9,5% das intenções de voto, enquanto Serra recebeu 9,3%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua sendo o primeiro lembrado na pesquisa espontânea, com 18,7% das intenções de voto, apesar de não ser candidato.
Sem a presença de Ciro na disputa, a CNT/Sensus mostra Serra com 40,7% e Dilma com 28,5%. Marina aparece em terceiro, com 9,5%. Os votos indecisos, brancos e nulos somam 21,4%.
Em novembro, sem Ciro na disputa, Serra tinha 40,5% dos votos, enquanto Dilma ficou com 23,5% - o que mostra o crescimento da ministra
Segundo turno
A pesquisa CNT/Sensus mostra que na disputa direta entre Dilma e Serra em segundo turno, o tucano recebeu 44% das intenções de voto, enquanto a petista ficou com 37,1% dos votos. Os indecisos, brancos e nulos somam 29%.
Em novembro, a vantagem de Serra era maior, uma vez que tucano recebeu 46,8% dos votos, enquanto Dilma ficou com 28,2%. No final do ano passado, os votos nulos, brancos e indecisos eram 25,1%.
Sem Dilma na disputa em segundo turno, Serra venceria com 47,6% dos votos. O candidato do PSB recebeu 26,7%. Os indecisos, brancos e nulos somam 25,8%.
Já na disputa entre Ciro e Dilma em segundo turno, sem a presença de Serra, a pesquisa mostra que Dilma venceria com 43,3% dos votos, seguida por Ciro com 31%. Já os brancos, nulos e indecisos somam 25,8%.
A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 25 e 29 de janeiro, em 136 municípios de 24 Estados. Foram ouvidas 2.000 pessoas.
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